segunda-feira, 22 de junho de 2015

Esse animal social

Tal qual búfalos, carneiros, formigas, abelhas, gorilas, o homem é um animal social, precisa viver em grupo a fim de exercita sua capacidade de cooperação.  Diferentemente de espécies outras, rende mais quando em manadas, fonte de abastecimento das funções complementares, sociáveis também por isso. Houve um tempo em que vagava solitário e competitivo, a defrontar os fenômenos naturais só em pequenas famílias, contudo exposto às penúrias do isolamento e à sanha carnívora dos outros parceiros de vastidões geladas. Daí querer formar os primeiros aldeamentos e reservar territórios onde puderam criar os reinos e províncias, reservados ao sabor das necessidades coletivas, porém restritos nas experiências depois conhecidas por cidades e estados, até o Estado politicamente organizado que agora se conhece.


No decorrer da aventura dessa civilização dos primatas humanos, acontecimentos somaram a cultura e o progresso através da interação, motivo primordial desde o início da história. Permanente troca de favores deu nisso que aí está, diante do egoísmo de grupo que resultou, fome de domínio além de todas as previsões, ocasionando as dificuldades que defronta a horda bárbara, a desviar as práticas do objetivo original de cooperação. Nações estonteadas no sangue fraterno de povos em crescimento exploram desnorteadas as sanhas agressivas dos bichos lá do começo, de quem fugiam trôpegas nas estradas do mundo. 

Nisso a Humanidade revela aspecto contraditório nos princípios que geraram os passos fundamentais do desenvolvimento da sociedade. Inversão assustadora, o que antes pareceu fator positivo, no andar dos cascos configura transição a níveis selvagens e autodestrutivos de sobrevivência. As leis da biologia que nutriram soluções estimáveis de crescimento e solidariedade ora exigem atitudes libertadoras e salvacionistas urgentes. 

Sem, no entanto, mudar o rumo da cavalgada a favor dos sonhos de união, caberá tão logo agir no sentido de reforçar as bases dos impulsos fundamentais da existência, lembrando o que dissera Jesus de sermos um só rebanho e um só pastor.

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