quarta-feira, 3 de abril de 2013

A dor da queda na libertação


Existe um poema inglês, de Rudyard Kipling, denominado Se que traz algumas considerações a respeito da vida e suas experiências extremas e dolorosas, a fim de indicar a essência principal das aulas necessárias à personalidade dos fortes que defrontam a realidade e nisso recolhem a melhor parte: Se consegues constringir o teu coração, /nervos e força / para te servirem na tua vez / já depois de não existirem, e aguentares / quando já nada tens em ti / a não ser a vontade que te diz: Aguenta-te!  

E o poeta descreve as agruras dos limites dessas tempestades morais, a lembrar vicissitudes próximas da caminhada de Jesus ao deparar as ingratidões dos adversários da Luz nas vésperas do sacrifício da Cruz, e antes fora contado entre os malfeitores, no Monte das Oliveiras. Daí, chorou lágrimas de puro sangue.

Nessas horas críticas de dor, que impõem marcas profundas naqueles que as passam rumo ao aprimoramento espiritual, desencanto da natureza carnal, ninguém queira tapete mágico na busca da Salvação, porquanto de nada aprenderia do desencanto dos prazeres e vaidades deste chão.

Deus ama os homens caídos diante da dor, vez vítimas da própria incúria, a descerem às masmorras da ingratidão dos milênios. A longa estrada inutiliza a soberba e o ímpeto da mesma queda. São testes que a história obriga de fazer das almas os restos de esperança de vidas inteiras.

No passo, ninguém se vanglorie das certezas incertas do futuro, sobretudo quando descuidaram no plantio das boas ações e palavras de crescimento a si e aos outros. Dizem os sábios que o conhecimento só chega pela Dor ou pelo Amor, o que condiciona evoluir diante de todas as vivências humanas sem exceção.

De um autor clássico da pátria portuguesa, Francisco Otaviano, eis em poema célebre (Ilusões da vida) o presente de tantas antologias escolares, na tal verdade ganha corpo:

Quem passou pela vida em branca nuvem, / E em plácido repouso adormeceu; / Quem não sentiu o frio da desgraça, / Quem passou pela vida e não sofreu; / Foi espectro de homem, não foi homem, / Só passou pela vida, não viveu.

Poucos sobreviveriam aos impactos do confronto desses obstáculos definidores inexistisse a força interior da Fé e do maior Amor, que houve de considerar os religiosos na nomenclatura de o Poder de Deus que a tudo norteia em busca da Eterna Felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário