Mas uma pessoa precisa
de experiências novas, permitindo-lhe evoluir. Há algo em seu interior que o
inquieta. Sem que haja mudanças, algo fica adormecido
dentro de nós e muito raramente volta a acordar. Aquele que dorme tem de
acordar. David Lynch (Duna)
A sequência de tudo impõe suas evidências claras de que existe um objetivo preciso nisso com que nos deparamos todo tempo e em todo lugar. Quais numa rede em movimento diante da realidade, seres e fenômenos desenrolam, assim, esse embate de objetos e abstrações, sob os olhares interrogativos dos povos, quais atores eficientes de uma epopeia inesgotável, e que seguem todos rumo dos céus da imaginação.
Haverá um roteiro justo desse desenrolar das sucessivas
histórias, às vezes narradas, doutras esquecidas. Obedientes aos papeis em ação,
todos, enfim, tocam entre si as cenas gravadas pelas normas do Destino. São
superproduções indescritíveis que atendem aos critérios de forças invisíveis,
padrões perfeitos de coerência e planejamento, investimentos de fortunas
incalculáveis, lançadas aos tempos, depois aterradas ao que passou.
As artes falam disso, de outros universos além do que perceptível
aos conceitos humanos, porém nos quais tudo e todos ali se acham envolvidos,
perenes, vilões e heróis das largas cenas antes gravadas, epopeias
maravilhosas, dramas sem igual, de que, independente do querer dos elementos em
jogo, hão de obedecer a todo custo de sacrifícios e vidas o que haveriam de
cumprir.
Nisto, a pergunta fabulosa do que seja a causa essencial do
quanto de viver e cumprir as determinações dessa eternidade incalculável sob
seus olhos em constante criação através de pensamentos e emoções. Serem os que
desempenham e presenciam no íntimo os passos inevitáveis desse procedimento, somos
criaturas e criadores da própria evolução.
Cativos ao poder sem igual do quanto obedecer, no entanto
senhores dos resultados transformar-se-ão os gestos e os sentimentos. Esse algo que fica adormecido dentro de nós,
isso consistirá no momento sob que depositamos o sonho da transformação
definitiva dos milagres da Criação, sendo que fomos o princípio e o fim das mesmas
horas nas existências, nos sonhos de quando ainda dormíamos...
(Ilustração: Duna, filme de David Lynch).
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