Na face das circunstâncias, este ser que somos padece nas marcas de viver. Fagulhas ao vento, revira nas situações em uma espécie de calvário diante de tudo quanto defronta e sustenta, ainda que seja individualidade em choque nas unhas do constante desaparecimento. Mas tem que viver, continuar, apesar do que encontre nas horas. Ao sabor, por isso, dos embates, necessita sair inteiro e tocar adiante o barco onde navega. São por demais percursos longos ou breves, no entanto inevitáveis na pauta dos destinos.
Vemos isso a qualquer momento, da gente com a gente mesma.
Resistir a todo custo processos do aperfeiçoamento individual. Foram dotes
guardados de outras práticas lá de longe, porém que traziam o sinete do seu
autor que nós somos. Temos de responder, não importa quanto de custo haja de pagar.
E sentimos claramente o peso daquelas malquerenças do pretérito, nisto vítimas
de nós próprios nos tribunais das vivências. Respondemos pouco a pouco, feitos
senhores daquilo que antes fizemos, e erramos.
Esse dever de continuar assinala com força o modo de seguir
a trilha da existência, sem alternativa além de aceitar de bom grado as
cicatrizes deixadas nos outros. Forte bênção resgatar o que deixamos atrás na
caminhada. Nesse momento do acerto, paciência e resignação, exercício de
perfeição. Quem viver verá o que plantou, seja de que qualidade forem as
sementes. Há que responder, porquanto o que equilibra o Universo vem da
exatidão dessa justiça maior.
Durante todo tempo, a história faculta-nos esse poder de
prosseguir pelas práticas e vivências, através das maravilhas da Natureza,
filha dileta do Poder soberano. Quais duendes imortais, as cenas e as paisagens
ora habitam dentro da gente por ser a própria essência de Si, espelhos aonde
virão refletidas as ações da evoluçao tão logo compreendamos o Ser real que já transportamos
no íntimo.
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