O homem está envolto na sua própria sombra e se admira por estar tudo escuro. Preceito zen
Andar assim de peregrinar neste mundo, às claras do dia, no entanto a transportar nos sentimentos força viva da aparente incompreensão de tudo quanto há na semente viva da libertação desse eu que a gente carrega no peito na forma de pensamentos. Um andarilho da própria sorte, eis o que somos na verdade. Nisso, a construir, da matéria prima das horas, os frutos do aprimoramento. Andar às claras, ou tanger nos antes e depois os desejos já mortos no passado, ou a morrer no futuro. Enquanto que nós significamos isso de admiradores dos escuros que envolvem o esse tempo dagora.
Carecemos de revelar o instante perene de todo momento.
Bom, eis o diagnóstico da procura dos dias. Aonde chegar que
seja de esperança, felicidade, vontade leve de sobreviver às tempestades.
Desvendar os segredos do nós que ora somos, conquanto, de certeza, ninguém veio
aqui só aos pedaços em decomposição. Dispomos, no íntimo do ser, da fagulha que
iluminará o Universo inteiro. Nesse código secreto persistirá o destino de
todos.
Invés de mergulhar nos momentos que passam velozes diante da
janela dos vagões, cabe descobrir por dentro de si, longe dos objetos em queda
livre, o ápice da realização do Ser. A isto viemos, pois.
Instrumentistas da nossa orquestra divina, tocamos as peças
geniais do Tempo, que já possuímos todas as melodias, os ritmos e harmonias. Sobreviventes
deste Si poderoso que transportamos na essência, viajamos às estrelas. Lá fora,
percorrem os espelhos das almas e fazem e desfazem os humores dessas criaturas em
que habitamos temporariamente, enquanto não identificarmos o senso do eterno
através das nossas veias e mistérios.
À nossa frente, firmes interrogações. Escolhas perfilam
dúvidas e cativam as existências, quais de embriagados provisórios. Nem que quiséssemos
desesperadamente fugir, haveremos de achar a porta e sair livres aos Céus.
"Carecemos de revelar o instante perene de todo momento."
ResponderExcluirEssa busca do Dia, do que e como será que a nossa imaginação viaja em busca, a utopia, nos move nessa caminhada a desenrolar o papiro da vida que somos, penso eu. Que alcancemos, então, aos nossos passos toda luz sublime.