O médium José Soares de Gouveia (1898-1965), conhecido familiarmente como Juquinha e em geral como Tio Juca, viveu no Ceará, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, em função de ser funcionário público federal no cargo de fiscal de consumo. Casado e com filhos, com raízes familiares e residência mais prolongada na Bahia.
Em Salvador fundou a “Casa do Tio Juca”, para atendimento de
crianças e que chegou a contar com reconhecimento de utilidade pública. Há
relatos de inúmeros alertas espirituais para se evitar acidentes, sonhos
premonitórios, várias curas, localização de pessoas e objetos, chamamentos
espirituais para atendimento de pessoas em risco, apoio financeiro a pessoas,
encaminhamento de pessoas para uma vida equilibrada, tudo sempre com muita
motivação de solidariedade humana. O interessante é que os fenômenos eram
sempre espontâneos, inesperados e contavam com rápidas providências do médium.
Um caso surpreendente foi a localização de uma jovem desaparecida há cerca de
20 anos na Amazônia. Insistentemente orientado por espíritos, de maneira
voluntária e sem ter nenhum conhecimento do episódio, com base nas informações
insistentes de natureza espiritual, empreendeu uma longa e complicada viagem,
uma autêntica aventura, ele a localizou numa tribo indígena, bem integrada e
realizando um trabalho que a satisfazia. Em seguida, já tendo descoberto onde
residia a mãe da jovem, em Manaus, procurou-a e informou-a de que a filha
estava viva e bem, e não queria retornar à antiga condição familiar e social,
entregando-lhe um medalhão de família, devolvido pela jovem. Inúmeras pessoas
foram repentinamente beneficiadas pelas ações espontâneas de solidariedade
praticadas por Tio Juca, atendendo à sua intuição ou claramente orientado por
Espíritos. Antonio Cesar Perri de
Carvalho (Grupo de Estudos Chico Xavier)
...
Dentre outras histórias do Tio
Juca, narradas no livro O fenômeno Tio
Juca, de autoria de Eusínio Gaston Lavigne, existe uma que quero aqui
relatar:
Tio Juca sempre buscava servir
aos mais necessitados, sendo constantes as visitas de pessoas pobres que
buscavam sua residência à busca de auxílio. Dentre elas, havia um senhor pobre,
já de certa idade, que vinha aos sábados na intenção de receber algum donativo.
Nisso, num determinado período, Tio Juca teve de fazer uma viagem e demorou a
voltar. O pedinte, então, vinha e recebia a justificativa de que o médium viajara
e não deixara o auxílio costumeiro.
Depois de três tentativas, o
ancião observando a dificuldade em receber a esmola, exclamou à esposa do
notável sensitivo:
- Pois quando ele voltar, lhe
diga que arranje outro velho pra fazer caridade, que eu mesmo não venho mais
aqui – nisso, deu meia volta e sumiu de uma vez por todas.
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