sexta-feira, 18 de junho de 2021

Epopeia da Salvação


De uma condição só transitória que ora vive, há que o ser humano se salvar. Desse transe daqui da realidade dessas aparências, que passam numa velocidade estúpida e somem no horizonte logo ali no outro lado, depois e sempre terá que encontrar a resposta do tanto dessas ânsias de sobreviver ao desaparecimento e reverter o quadro só transitório de vidas e vidas. Buscar a resposta e achar a luz de fora da caverna de si mesmo, e renascer das próprias cinzas. A isso que aqui viemos, pois, desvendar o mistério da natureza, habitantes que o somos no seio das criaturas; perenizar o frágil; sustentar os sonhos; e persistir no invisível bem longe, ainda que de rara probabilidade, no entanto testificado naqueles que vêm operando o painel das gerações pela comunhão da imortalidade que alimentam no que dizem e fazem.

Assim, interpretar o sentido das religiões, dos credos de luz na história das civilizações, durante as vidas dos santos e profetas, dos que resistem aos desejos ostensivos de ser feliz e perene, através da consciência. Salvar de quê, e porquê, e para quê? Do fim corrosivo de que não existirá jamais ao findar quando morre, das dores da saudade dos entes queridos que deixam aqui ou que vão embora, da destruição em massa das existências, trauma que impera na alma das criaturas humanas, susto guardado após o fim do filme de viver, tão bom. Permitir, com isso, com essa revelação de Salvação, realizar o sol da esperança na presença de todos em um mar de luz.

Os místicos falam disso na maior sem cerimônia, quais testemunhas em sua própria essência, de que ninguém perecerá, ainda que disso desconheça neste tempo de matéria. Bem dizer lugar comum de falarem isto.

Portanto, a experiência de todos nós indica a vontade do eterno, e resta-nos desvendar nuances dos destinos e chegar à Terra Prometida, reino de felicidade e paz, no coração do Infinito.

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