Essas marcas substanciais do Tempo, eterna ação do movimento mágico da existência; as transformações que significam função dos instantes sem interrupção na máquina do mistério. Nos fins das tardes, pelo canto distante da saracura nas quebradas da Serra, vem a força deste momento. Nítidos repastos do indizível, perspontam entre o nada e o tudo, quais bichos silvestres que se aninham no peito da gente à busca de terminar o dia e alojar os sentimentos nas folhas da consciência que espera a perfeição de Deus.
São as histórias que restaram virgens de contar na sede do
desejo da imaginação, fervilhando nas matas já escuras de dentro das pessoas.
Narrativas de segredos bem vivos nas últimas réstias do dia que escorre pelas
gretas do Infinito. Paixões alucinadas, sonhos amarfanhados em lençóis ainda
frios, movimento de nuvens pelos céus, derradeiros reflexos do Sol que já sumiu
no horizonte deixando pedaços de seres que somos em colagens mil, na recente
penumbra; e os viventes somem ao sabor das horas em transformação. Tudo,
afinal, que renova cada momento, ondas que integram camadas e cores, formas e lampejos.
Seres que preenchem o solo das estrelas a reluzir nas sombras lá adiante,
que chegam dos cantos da amplidão, noutras possibilidades de palavras soltas na
alma da gente.
Bem isto, de mundos convulsões, viventes, luzes em ação no
coração das tantas criaturas, autores dos frutos alegres, esperança e fé,
instintos de vitória nos embates dos amores mais intensos. Sempre deixar crescer
a firmeza de superar cicatrizes e sorrir às reconstruções de si mesmo nas
barras dos dias e das noites, soma de palavras e pensamentos. Vencer instintos que
ocasionaram atitudes torpes; renovar o âmbito da presença no caráter; reviver das
cinzas, entes sadios desde antes trastes largados aos muros antigos. Uma pura certeza
na ânsia de um viver pleno de luz e felicidade.
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