Nesta selva de aço e contrição, seremos buscadores da realização de Deus em nós. Todos já ouvimos falar nisto e poucos, na verdade, escutam. Passo-ante-passo, deslizamos pelas entranhas de nós mesmos feitos aprendizes da sorte, na intenção de, lá um dia, ver de perto e achar a paz em que tantos falam nos variados quadrantes. Pisamos delicadamente no teto das crenças e sonhamos com um sentido absoluto de tudo quanto há, sem, no entanto, galgarmos com toda intensidade o desiderato de nos manter fieis ao Criador, nosso Pai e Senhor do Universo. Sois Deuses e não o sabeis, afirma Jesus.
No entanto carecemos da real compreensão e prática dos
conceitos de tal possibilidade, face às contradições sob as quais desenvolvemos
a nossa busca, mornos que, por vezes, somos em face da indefinição de nossas
atitudes. Há que concretizar, por isso, valores da certeza que nos farão livres
da materialidade, do apego ao senso do Chão aonde viemos desenvolver o
crescimento na direção às estrelas. Eis o de que mais carecemos, pois, do
desapego aos propósitos só imediatos, e encetarmos a jornada definitiva rumo à
Salvação.
São estes os degraus que nos farão libertos dos laços da
materialidade, significando, assim, a conquista de um nível superior de
existência, desde sempre ansiado pelos que reconhecem a relatividade deste mundo.
Propósito por demais alimentado desde sempre; sustentamos, porém, vinculações divergentes
dessa vontade, conquanto agimos, de comum, em desacordo a quais princípios honestos
e juntamos com uma das mãos para espalhar com as duas.
Outrossim, persistimos na direção da sonhada e definitiva felicidade,
glória maior de tudo que existe na vida humana. E rezamos, meditamos,
estudamos, criamos alternativas de praticar este sonho, todavia ainda presos
aos liames da carne. Enquanto isso, os meios de revelar a si os mistérios dessa
nova existência persistem ao nosso dispor durante todo tempo e em todas as
vidas.
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