Por vezes, a gente quer o progresso nessa história, sem fazer nada que signifique ao menos atitude na mesma direção. Quer, e não quer, a um só tempo. Espera cair do céu de modo pronto. Assim escondido debaixo das folhas secas do egoísmo, observando a hora de entrar em cena e colher os frutos do que nem plantar plantou. Desumanas posições de humanos em crescimento.
Tantos erros que vagueiam soltos pelas nuances das ruas em
que pessoas olham umas as outras numa distância regulamentar; se veem quais
objetos jogados nas calçadas; fugitivos à busca de orientação. Somos nós esses
atores circunstanciais das velhas cenas que os dias ressecaram e trituram na
máquina incessante do fluir das horas em movimento. Saber, sabemos que não
sabemos aonde ir. Mamulengos de nós próprios, cavamos buracos na cordilheira do
desconhecido e tocamos adiante, criadores de motivos que desfazem o sólido no
vento.
Mas, aguardar boa sorte, que também somos desses, enquanto a
jornada prossegue nas vidas afora. Há uma missão interna que a realizar.
Aprimorar a consciência. Descobrir a que viemos.
...
Enquanto que, lá fora, continuam gritos das torcidas em favor
de não sei o quê, de não sei onde. Os resultados servem de justificativa de
ninguém ficar parado pelos cantos escuros das noites que passam desgrenhadas.
Tem que gostar da vida e viver, esse o compromisso de nós conosco. Gerar
resultados de andar nesse chão. Conduzir o barco ao porto das existências.
Sofejar belas canções, amar, sorrir, sonhar, desfrutar dos laços nos prazeres
deste lugar.
Bem isso o tal de bem-estar da Civilização. Controlar os
pensamentos e usufruir as benesses dos sentimentos mágicos aonde chegar até
aqui, no tanger da carruagem de tantos dramas vividos e guardados na memória de
dores sofridas e acarretadas. Que exista, pois, melhores cenários a tudo isto
que ora vivemos com tanto gosto.
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