... visto que ninguém conhece o futuro. Quem lhe poderá dizer o que vai acontecer? Eclesiastes 8:7
Desde
sempre que o desejo tem as criaturas de conhecer o futuro! Um saco de mistérios
prevaza, então, lá das bandas de depois, frutos das interrogações grudadas às
paredes do Infinito. Um rio corre silencioso, o Tempo, e nisto alimenta preocupações
e sonhos nas folhas dos calendários, diante das quais rendemos a homenagem das
aspirações inacabadas. Esse mesmo rio sacode, também, pelo coração e percorre
de sangue as veias, enchendo de combustível fóssil a máquina do cérebro, conosco
a fugir nos corredores dos dias, feitos atores em movimento. Ali bem perto,
assistimos esse fluir das cenas, tais espectadores de nós mesmos, aos olhos da nossa
consciência. Nós, autores das ausências que caem aos nossos pés dia após dia,
na velocidade do vento.
- Que
isto de ser assim? A quem perguntar? – Uns observam os outros e a si mesmos,
nas dobras de mais profundas indagações aos céus.
Fossemos
repisar o trilho do passado, por certo nos perderíamos nas dúvidas que ainda se
repetem todo tempo adiante. O que aprendemos são as peças de um quebra-cabeças imortal
que transportamos nas nossas malas que batem estradas afora.
Ninguém
que se vanglorie da certeza no que tange os dias que virão, porquanto o mínimo
de fagulha reverte de ilusões as vaidades e transforma em cinzas os maiores
incêndios. Nem sei porque tantos perdem nesse jogo de reverter o presente nas
carcaças no futuro. Atiram aos escombros melhores momentos e destroem esperanças
num abrir e fechar de olhos, vítimas de si próprios, das humanas vaidades e
humanos vícios.
Contudo
há que vir à tona, ao dia aprazado, o senso de justiça que rege os fenômenos;
longe de nós a força suficiente de escapar dos resultados que elaborarmos nos trilhos
deste chão das almas.
Viver o hoje, o aqui e o agora é o que busco...O passado? Não volta mais...O futuro? A Deus pertence ... Só me resta o presente pois e nele que vivo!
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