Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. Mateus 8, 20
Isto é aqui, neste chão, aonde viemos no sentido de largar o apego e vencer os liames que nos prendem à matéria. Aparentemente um contrassenso, no entanto a real finalidade de tudo nos levar ao nada. De, num gesto simples, então, lá um dia esquecer de vez todos os favorecimentos do reino material e se erguer, nos próprios pés, aos planos superiores da Criação. Somos nós esses tais autores de nós mesmos diante das interrogações com as quais viemos nos deparar ao nascer aqui. Missão por demais extrema, contudo a única essencial, nos conceitos filosóficos, místicos e proféticos. Sem outra que seja alternativa, os seres humanos dispõem dos meios suficientes a isto realizar.
Vivemos entre os dois reinos, este daqui, perecível,
venerável, estanque, e o Reino de Deus, qual nos ensinam os mestres, que
simboliza o objetivo principal de tudo quanto há neste universo ora conhecido.
Assim, no decorrer das tantas existências, através das muitas reencarnações, nos
aprimoramos, pouco a pouco, depurando valores materiais, até obter o
salvo-conduto da Realidade definitiva, o que ensinam as escolas espirituais.
Enquanto isto, a vida vale de treinamento. Não tenho amigos, não tenho inimigos, todos
são meus professores, Emmanuel (Francisco Cândido Xavier). E a resposta
desse processo evolutivo somos todos os habitantes deste mundo cheio de
contradições e desafios. Desfrutamos das oportunidades necessárias ao
aprendizado, dia a dia, nas atuais condições, horas que se desfazem nas
experiências vividas e guardadas ao transcorrer do tempo.
Nessa ordem universal, desenvolvemos a missão de nascer de
novo ao eterno ser de felicidade que já o somos e ainda não saibamos. Havemos
de decalcar em nós esse ente de plena luz que trazemos na nossa essência. Eis a
síntese de todas as crenças e de todas as culturas, durante todas as
civilizações.
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