Vimos seguindo de perto o Instituto Cultural do Cariri desde a década de 60, quando ainda era instalado na residência do Prof. Figueiredo Filho, à Rua Miguel Limaverde, em Crato, inícios de minha amizade com Tiago e Flamínio, seus netos. A sala da casa via-se preenchida de relíquias dos índios da Região, pedras raras, livros e outras relíquias, numa biblioteca especializada nos assuntos do Cariri e quadros e peças de valor inestimável, pertencentes ao ICC, isso bem nos seus primórdios.
Depois, ao regressar da Bahia, década de 70, passei a
desfrutar das benesses do Instituto isto já na Praça Três de Maio, na gestão do
Dr. Raimundo Borges à frente da Diretoria, de quem foi secretário, e onde
permaneceria até ser transferido para duas salas no edifício defronte ao
Colégio Pequeno Príncipe, sob a presidência de Olival Honor de Brito.
Vista a construção da sede própria, nas atuais instalações
da Praça Filemon Teles, graças à doação de um terreno pelo prefeito Ariovaldo
Carvalho e verbas do Governo do Estado, na gestão do governador Lúcio
Alcântara, mediante os esforços administrativos do então Presidente Manoel
Patrício de Aquino passamos a dispor de uma localização definitiva em edifício
de esmerada construção.
Na gestão seguinte, tendo à frente o presidente Huberto
Tavares de Oliveira, mereceríamos a regularização oficial da nova sede, através
do prefeito Ronaldo Gomes de Matos, o qual custeou as despesas cartorárias a
fim de termos a posse efetiva do belo edifício sede.
Na próxima presidência, sob minha responsabilidade, fizemos a segunda reforma dos Estatutos Sociais da instituição, os quais ora permanecem vigorando, visando a atualização das normas e ampliação do número de secções e cadeiras, face à demanda dos tempos, que assim o exigiam. Depois, passados 14 anos sem circulação, cuidamos de reativar os lançamentos anuais da coleção da revista Itaytera, órgão editorial da entidade, que perfaz agora 49 edições, e que permanece em franca circulação, passados que foram, até aqui, quase 70 anos desde a fundação do sodalício, em 1953.
Na gestão seguinte, do presidente Heitor Feitosa Macedo, a
Itaytera seria digitalizada e disponibilizada na Rede Mundial de Computadores
para todo o mundo, outro marco valioso e exponencial de nossa história.
São, pois, alguns registros a propósito da história da casa
máter da cultura caririense, detentora dos melhores adjetivos na preservação
das tradições históricas, antropologia, literatura, etnografia regionais.
A atuação do ICC tem sido muito importante para o Cariri e para o Ceará no resgate da história, na preservação da memória e nos registros literários. Parabéns!!!
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