Isto de viver, que alguns chamam existir, das jornadas dos pensamentos e sentimentos em torno da esfinge que a gente cria, nesse processo de experimentar os dias e as horas. Feitos pajés dançando ao redor dos totens que eles trazem no juízo de muitas luas, os demais aceitam, por força da necessidade, acreditar nesse desenrolar dos acontecimentos. Nós, enfim, estas massas informes que ganham terreno dentro das linhas do tempo, e depois tudo perdem sem a menor cerimônia. Qual quem se entregasse antes do momento definitivo, fazem de conta que usufruíram de sentido, quando, por vezes, viver nem de longe deixa assim parecer, nas dobras do firmamento.
Esses pensamentos que vagueiam soltos dentro da gente, pelas
estradas do desaparecimento, são espécies de buscadores da Verdade, sendo, no
entanto, só apenas joguetes que querem dominar vidas inteiras. Significam bem
isso, de bancar heróis nos filmes dos dias; uns que pousam de valente, e outros
que admitem representar o papel de curinga, canastrão, pretendendo, talvez,
impedir o artista de ganhar a mocinha antes da cena derradeira, já que sabe não
terá outro jeito senão este.
Enquanto que parecem conhecer a história, contudo eles fogem
pelo labirinto dos dias, a fim de sobreviver às horas que escorrem. Muitas, por
isso, as normas de controlar os arcos do silêncio, e deixar correr o barco nas
águas do Infinito, conquanto, melhor do que ninguém, um a um ergue o sentimento
de que tudo tende acalmar o espírito e usufruir da certeza de quem, um dia
desses, será feliz e viverá a paz dos justos, afinal.
Valeu, amigo! Bravo!!!!
ResponderExcluir