segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Brincar com fogo

Os riscos maléficos da geopolítica refletem o nível das civilizações. A superpopulação, por exemplo, quando administrada inconsciente, impõe determinados frutos amargos, nem sempre conduzidos de acordo com os princípios da real inteligência. Daí as guerras, revoluções armadas, lutas entre os povos. Em nome de aparente progresso e buscando acomodar as arestas em movimento no tabuleiro das dominações, as leis ditas civilizadas fogem do controle dos mandatários e ocorrem os desmandos e desordens. 

Nos dias de hoje, numa fase de relativa calmaria, sujeita ocorre outra guerra de conquista a fim dos poderosos do mundo manter seus privilégios da Era do Petróleo, e a bola de vez parece coincidir às terras latino-americanas, visando reservas de petróleo da Venezuela, ditas as maiores do Planeta. Vários interesses acham-se manifestos, isso da parte de importantes potenciais mundiais, Estados Unidos, Rússia e China.

Uma possível avaliação do quadro que se desenha leva em conta o consumo excessivo dos combustíveis fósseis na manutenção do padrão industrial dos tempos atuais. A humanidade criou inadiável dependência do automóvel e as fábricas já não mais funcionam sob outro padrão de energia, com ênfase nos países do Hemisfério Norte.

Caldo grosso dessa cultura armamentista, a maior de todas elas, irresponsavelmente as lideranças em jogo promovem um festim maquiavélico de manipulações políticas, que duram décadas, sem que a grande população adquira suficiente consciência dos percalços a que toda a Humanidade sujeita defrontar, pondo em xeque a própria existência. 

Eis o momento presente em rápidas pinceladas, a demonstrar os pendores humanos à destruição, qual desespero e pouca ou nenhuma disposição à paz e ao progresso. Nas avaliações a serem feitas de toda a História, esse jogo de sadomasoquismo demonstra o quando ainda haveremos de caminhar até, um dia, viver num sociedade ideal, resultante de tanto estudo, tanta pesquisa e, até hoje, nenhuma maturidade social.  São sintomas tais que refletem o grau de animalidade e a ausência de senso crítico de carecemos nessas horas. 

(Ilustração: Colagem de Emerson Monteiro).

2 comentários:

  1. Infelizmente o que estamos assistindo na Venezuela é uma mistura de sectarismo de um regime que já expirou e uma falta de visão realista. Venezuela que já foi a segunda maior economia da América latina, foi corroída pela corrupção e com falta de gestão competente. Sendo que a maior vítima deste disparato é o povo, uma nação morrendo de fome, inanição, miséria absoluta, sem comida, sem remédio, sem segurança, sem esperança. O presidente Maduro preparou um exército de milícias, em torno de 800 a 1000 pessoas com treinamento em guerrilhas, chegando a treinar quatro vezes por semanas. Dá-nos uma tristeza imensa ao ver pessoas, crianças morrendo de fome e vcs caminhoes de ajuda humanitária sendo queimados, é doloroso. A que ponto chegamos um país que possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, bem como ferro e outros minérios, e o seu povo morrendo desta forma. Triste, muito triste. Um abraço amigo Emerson Monteiro.

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  2. Parabéns pelo seu texto. Um carinhoso abraço ao amigo Emerson Monteiro.

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