Porém ninguém que se preza nutre o desencanto das esperanças deste mundo em face um dia de achar a cara metade que lhe completará no frio dos invernos, mostra de alimentar o desejo de felicidade, satisfação no decorrer do tempo quando movemos as marcas desta matéria e deste chão. Olhares trocam probabilidades e os traços e planos envolvem cobertores aquecidos nas tais madrugadas de solidão.
Nesse passo a vida segue seu curso de realizações dos desejos, enquanto imperam os sonhos doutras formas de encontrar a perfeição. Primeiro pensar que o outro ou a outra seria de bom alvitre na concretização dos trabalhos individuais de viver. Lá depois se nota inevitável o regresso a si mesmo, onde haverá de reunir tudo que traga real certeza da vida imortal. De jeito nenhum a salvação é coletiva em um só momento. Um a um desvenda o mistério essencial na evolução por conta própria, eis a literatura principal.
Nas noites frias dos invernos por isso aumenta de si a solidão, porta do segredo original das existências, e quando esfria o corpo cresce o valor de encontrar a resposta das limitações deste universo apenas físico. Daí ser enorme a responsabilidade dos sonhos e a necessidade do calor humano que temos e precisamos dividir com o próximo, parceiro de jornada, nesta escola de amor em que pisamos.
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