Bem depois, já morando no Grangeiro, em Crato, certa noite avistei, na varanda de casa, um exemplar da mesma espécie (Cloelia cloelia), que ao sentir a nossa presença se retiraria para o mato. Dado saber de que se tratava, não esbocei qualquer reação de defesa.
Segundo Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mu%C3%A7urana), a muçurana foi catalogada pelo médico e cientista brasileiro Vital Brasil, que apresentou, em 1915, um filme de 1911, no qual uma muçurana brigava com uma jararaca. De acordo com a página da web, a cobra-preta, ou cobra-do-bem, é imune ao veneno de outros ofídios, inclusive destes se alimenta, estando, no entanto, vulnerável apenas ao veneno da cobra-coral.
Certa feita, ouvi de Dr. Jósio Araripe que seu pai, Antônio de Alencar Araripe, também mantivera nas proximidades de casa, na Fazenda Condado, de propriedade da família no Piauí, uma cobra-preta, a qual dedicava atenções nas horas vagas e fornecei mantimentos na intenção de mantê-la para afastar as outras cobras, que dela tinham medo. Dr. Antônio Araripe a denominava de Fideralina, em alusão à matriarca dos Augustos das Lavras.
Nas poucas vezes quando citei a existência dessa espécie ofídica benigna raramente as pessoas dela demonstraram conhecimento. É uma espécie ofiófaga, isto é, que devora as outras cobras, de conformidade com a fonte acima enumerada.
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