Viracocha criara o mundo e sentira a necessidade de também criar os seres humanos. Isto faria utilizando o barro do chão, e os reservaria às cavernas. Um dia, eles saíram cá fora a ver a luz do mundo. Nessa mesma sequência de acontecimentos, Viracocha criaria o Sol, a Luz e as estrelas, utilizando para tanto das águas do Lago Titicaca.
De todos os entes criados, no entanto, houve evidente destaque para o deus do Sol (Inti, na denominação da língua quíchua, adotadas pelos incas), a sua divindade maior.
Segundo conta a tradição, em certo momento Viracocha mandara seus filhos Manco Cápac (deus do Sol) e Mama Quilla (deusa da Lua) à Terra, lugar, naquele tempo, tão só de escuridão e caos. Eram marido e mulher e aqui chegaram provenientes das profundas águas do Titicaca, indo depois ao vale do Rio Huatanay, situado a noroeste.
Naquele ponto, Manco Cápac, no uso de um cajado, fertilizou o solo, que apresentou condições de fertilidade e riqueza próprias à melhor agricultura, subsistência do povo, e alimentado pelas águas do degelo diário das neves da Cordilheira dos Andes, relevo responsável pela existência do vale dadivoso. Nas noites frias, o ar se condensava nos altos picos; cedo no dia, aos primeiros raios do Sol, desce em água límpida as encostas, refeita em rios caudalosos. Chamou o lugar de Cusco (umbigo do mundo) e o transformou num centro de religiosidade; ocupou o trono real e comandou o poder de todo o império, organizando a todos na rica e admirável cultura de que temos notícia.
Nascia de tal maneira a civilização que ainda hoje existe, mesmo que aparentemente destroçada pelos espanhóis à cata dos tesouros em metais e pedras preciosas, transferidos ao peso das marcas traumáticas largadas nos rastros da história.
Conforme as narrativas originais, a descendência dos soberanos incas guarda, pois, seu início neste primeiro rei, que um dia fundou o império e ensinou ciência aos primeiros homens.
Essa história deixou-me com gostinho de quero mais. Rs
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