Em tudo, e por isso, existe a tendência natural e objetiva do restabelecimento à normalidade, disposição necessária de prevenir a extinção aparentemente em vias de acontecer. Corresponde, pois, homeostase, ao mecanismo regulador dos sistemas vivos.
Exemplo dessa capacidade reguladora acontece quando, em grandes altitudes, no ar rarefeito, a atividade respiratória das pessoas tende ser insuficiente. Ali, a tendência do organismo aumenta o ritmo da respiração e produz mais hemácias, que as lança na circulação sanguínea. Em tal providência, os indivíduos obtêm mais retenção da quantidade menor de oxigênio de que dispõe e reequilibra as funções do corpo.
Assim, pela homeostase, os sistemas abertos, principalmente dos seres vivos, conseguem outra vez equilíbrio interno e sobrevivem, se autorregulam.
As ocorrências também no universo das sociedades obedecem às mesmas leis, agora em estado coletivo, das disposições de funcionamento dos sistemas individuais. Perante crises advêm exercícios de regulação compatíveis aos desafios que se lhes apresentem.
Ver-se-á na economia, na sociologia, na psicologia social, etc., respostas aparentemente imprevisíveis, no entanto urgentes, aos instantes críticos, o que sara diferenças intransponíveis na ordem geopolítica quais soluções inevitáveis e espontâneas, contudo nem sempre consideradas a priori. A História vive do que isto significa, demonstração cabal da lei da autorregulação da homeostase dos sistemas abertos.
A civilização oferece provas imensas da busca do equilíbrio em tudo por tudo, todo tempo, até alguns chegarem a dizer que a história vive de crises, ou seja, sendo ela a própria crise em movimento perpétuo, a oferecer lições que perduram das infinitas experiências da sociedade, porém na firme certeza de que existe a atividade responsável, sempre, pelas saídas efetivas, na forma de regularidade e equilíbrio.
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