terça-feira, 17 de outubro de 2023

O anonimato das crenças


A velha intenção de chegar ao poder através do que se acredita vem constituindo séculos de constrangimento, diante da fragilidade que elas, as razões e justificativas, sejam coletivas, quando nascem de dentro das pessoas, e dentro delas há que continuar. Esse esforço de querer o aval dos demais deixa margem a desejar que outrem afirme o que só no âmbito interno poderá acontecer.

A fragilidade impôs a urgência de encontrar respostas que sustentassem o drama das virtudes em face da escuridão das ilusões. Vem de sempre, desde as primeiras fogueiras e suas histórias. Depois, das lendas aos hieróglifos, nuvens que vagaram no terraço do tempo e das civilizações. Pessoas que utilizaram as afirmações particulares a pretexto de deter a verdade e com isto determinar grupos pactuais nos avanços e na colonização dos outros.

Assim, bem que chegaria a época de viver por viver, sustentar as próprias atitudes, na sequência dos acontecimentos, independente de teóricos e contrições. Nisso, o que há de ser? Buscas, buscas... entre a liberdade e a felicidade, numa peleja constante da gente com a gente mesma. Invés de pura expectativa pelas ideias propaladas, que seja uma afirmação de si para consigo. Pensar e construir a compreensão perante o Infinito. Não poucos foram aqueles que chamaram a si próprio o poder da Criação.

Passados que foram tantos titubeios do pensamento, hoje persiste o propósito comum de achar no ser realidade pura e dela concluir as interpretações necessárias, sem o dever de abrir mão dos valores na existência. Noutras palavras, o víeis do definito imperando nas consciências e forjando o momento; livres, pois, das determinações anteriores de que houve um tempo em que as imposições de crenças e virtudes dependiam das potestades que sustinham o mundo aos seus pés. Cada ser em si e sua percepção individual, agora....

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