domingo, 17 de abril de 2016

Recado a um amigo

Tiago, Só agora li o livro que tu me mandaste através de Ana Ruth em julho do ano passado, Letra e música, de Ruy Castro, na bem cuidada edição da Cosaknaify. Qual dissera, são belas crônicas publicadas na impressa brasileira pelo exímio biógrafo de marcantes personagens recentes do País, um verdadeiro mestre dessa arte. Dos feitos de Ruy Castro no livro, preserva os mínimos detalhes da epopeia da bossa-nova, deixando gravado em mais esse trabalho o valor do estilo que marcou a música do mundo inteiro, entre as décadas de 50 e 60, continuando vivo perante todos os outros ritmos.

O livro traz de volta os sonhos de criarmos a civilização em nossas terras, que movimenta nossos pares, escrito com a qualidade do escritor jornalista que se engajara na geração que produziu dentre outros feitos memoráveis O Pasquim, emblema libertário de época por demais criativa desse período.

Quase numa tirada, usufrui das riquezas guardadas nas crônicas em dois volumes, de caráter musical, o primeiro; e literário, o segundo, bem aos moldes da fase que testemunha. 

Bom, mas vim aqui lhe transmitir o meu agradecimento pela boa lembrança, que se soma a tantas outras. E como necessitamos de manter acesa a flama de transformação que alimentamos. Sobreviver o bom gosto nas artes, nas letras e músicas. Tocar adiante nomes imortais, João Gilberto, Tom Jobim, Gal Costa, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Carlos Lira, tantos, tantos mais, que vivem de novo a cada lembrança, a cada crônica. Revive aspectos vários da trajetória dos valores essenciais da cultura nacional, tão esquecidos no decorrer desse tempo.

Assim, nesta fala, seguem minhas notícias de quem acredita piamente nos dias renovados que crescem nos horizontes do Sol. 

Abraço de Paz!

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