sábado, 9 de abril de 2016

Quando lá um dia de manhã

... E a gente se toca da necessidade urgente de admitir a inevitabilidade naquilo que plantou, que voltara às nossas mesmas praias sombrias ou ensolaradas, e chega devagar ou rapidamente na vida por si só ainda plena das ocupações atuais, tendo por isso de encarar as velhas plantas do passado. 

Forma definitiva de manter a ordem natural em tudo, as presenças aqui do lado, o canto dos pássaros ali de fora, as cores do céu aberto de um verão chuvoso, e, no entanto, admitir que patrocinou os tempos antigos de enganos ou flores belas de doces alimentos. Eis assim o que os orientais resolvem denominar carma, ou respostas da Lei do Retorno, da Causa e do Efeito. Porquanto em tudo há uma justa homenagem ao Pai da Criação, autor magistral de tudo quanto persiste/persistirá nas frações do tempo, inclusive ele o próprio Tempo.  

Alguns indagam das paredes e das matas a razão principal disso existir de tal maneira, prudentes pesquisadores da ordem vigente. Mas é que existem normas independentes da vontade humana deslizando por baixo dos acontecimentos. Espinhos ou rosas dos momentos lá anteriores vêm à tona pelas asas da Justiça eterna, máquina perfeita de exatidão matemática. Forças plenipotenciárias cumprem seu papel de limpar as vidraças do depois na alma, que já não morrem mais. 

Tangemos nossos atos quais velejadores em mar de ondas enormes, a receber de volta os ossos dos preceitos praticados, espelhos inevitáveis da correta correção, exercício de aprender a obedecer e galgar os páramos da Salvação para sempre.

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