quinta-feira, 14 de maio de 2015

Caminhos da natureza

Nesses tempos de pouca água nas torneiras e temperaturas ferventes no mundo aceso, mesmo quem antes nunca pensou em conservação da Natureza corre o risco sério de parar nas consequências dos tantos e tantos séculos de abandono a que relegaram as fontes da vida na Terra.

São muitos para destruir e poucos para plantar e construir, eis a principal verdade do nível de preocupação com florestas, mares, rios, ar e animais, todos fixados em descobrir meios de ganhar dinheiro no procedimento predatório herdado e multiplicado pelos senhores coloniais do poder. 

Vive a atual geração o ponto extremo da transição entre o homem destruidor e homem sustentável, fase por demais crítica, em que o menor deslize colocará em xeque a natural sobrevivência das espécies.

As ações do Greenpeace, por exemplo, bem demonstram a necessária conscientização desse grave momento, nas atitudes reprovativas do que os mercenários da hora promovem.

Bem pensassem, os líderes dos países e os acontecimentos, por certo, estariam noutros patamares. No entanto seguem as políticas visando tão frutos madeireiros de fria destruição, estiolando solos milenares e sacrificando a fauna, em acelerada devastação inconsequente, posições inclusive do Brasil neoliberal.

Existem órgãos estruturados a combater ditas ações, contudo a responsabilidade cabe aos segmentos da população através dos esperançosos conselhos de meio ambiente, de raro em raro funcionando a contento. A defasagem, que fere outras instituições, fere sobremodo as causas naturais da vida, justificando no lucro a fome de resultados nas balanças de pagamento da economia de mercado.

Tarefa hercúlea, conduzem a duras penas esses órgãos a preservação nos países atrasados, de mentalidade mais atrasada ainda. Muito se fez, e mais resta a fazer, dagora em diante. Ninguém se diga indiferente aos modos de manter a qualquer custo os nacos de mata virgem, água limpa e ar puro que restam em volta do globo mal amado, a pretexto de nada lhe dizer respeito. O assunto chega de jeito radical porque esqueceram de que o Planeta é ser vivo e merece cuidados imprescindíveis às idênticas leis universais dos sistemas.

Cidades do Nordeste vivem hoje dramas de abastecimento de água impossíveis de imaginar poucas décadas atrás. O São Francisco, denominado o rio da integração nacional, por percorrer vários Estados, desde Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, a Sergipe e Alagoas, alimentando de energia e trabalho inúmeros rincões, vê-se minguado do quanto desmataram nas suas fontes, sem que houvesse medidas pertinentes a conter os crimes cometidos.

Ainda existe tempo a providências ao gosto para começar o intuito de conter a voracidade predadora que devorou as minas e o povo do continente africano, e cresce, neste princípio de milênio, garras metálicas contra as terras latino-americanas, bola geopolítica do capitalismo selvagem da vez. Só assim, pois, descobrir-se-á que tudo diz respeito a todos neste chão.

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