terça-feira, 12 de maio de 2015

A obediência (Episódio do cristianismo popular)

Certa vez, Jesus viajava com Pedro e alguns outros dos discípulos. Num fim de tarde, chegaram a casa distante e buscaram hospedagem. Bem recebidos pelos moradores do lugar, quiseram ficar instalados na varada ampla que circulava o edifício, mas, devido às insistências dos proprietários, aceitaram permanecer numa dependência interna, no seio da família.

Já à mesa do jantar, observaram quando um dos filhos do casal avisava que, naquela noite, sairia com destino a festa que ocorreria nas proximidades. Os pais, no entanto, lhe pediram que desistisse da ideia e ficasse em casa, pois cedo da manhã haveria trabalhos na fazenda, com o pai e os serviçais.

O rapaz insistiu a manter sua pretensão. Oferece argumento em cima de argumento, porém os pais seguram a ordem de que deixasse de lado o desejo de sair. Ainda assim, desobedecendo aos genitores, o rapaz partiria aborrecido na direção do baile.

Depois do jantar, a família atenciosa trocaria alguma prosa com os visitantes, cuidando todos, em seguida, de buscar o repouso merecido.

Mais tarde, passava da meia noite, quando bateram à porta da casa. Traziam a notícia trágica de que o rapaz fora vítima de agressão e morrera no decorrer da festa da noite, acarretando imensa dor aos familiares.

Pedro, ao seu modo, quis considerar que poderia ser equivocada a notícia, e indagou de Jesus essa outra possibilidade.

Naquela hora, Jesus pediria a Pedro que fosse até o local da festa verificar o assunto e, chegando ao local, viria, estirado no meio do povo, corpo de homem envelhecido, barbado, magro, diferente do rapaz que conheceram. 

No regresso, o apóstolo reafirmou o que dissera, de não ser mesmo o rapaz aquele homem que perdera a vida na festa.

Nisso, Jesus acrescentou: 

- Foi sim, Pedro. Foi ele. Só que agora tu viste do jeito como estaria no futuro, caso houvesse obedecido aos pais e evitado aquele infausto acontecimento. A obediência é, e será sempre, a luz de Deus na existência das pessoas. 


(Obs.: História que ouvi de Adriano Pinheiro, o que lhe contava sua avó materna, Da. Olíria Ananias de Jesus).       

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