Nalguns momentos, vêm e somem logo em seguida este senso do invisível nas culturas e sociedades. Enchem mil comportas de pensamentos bem elaborados, no entanto soltos quais folhas que voam ao vento das ausências, restos e repastos do que antes fora, contudo. Esforço das tantas funções, são, a bem dizer, máquinas perfeitas de pensar, imaginar, dizer, porém, nas justas jornadas, trazidas em sonhos de volta às fogueiras findas no correr das horas.
Daí as quantas meras aventuras de compreender espalhadas no
firmamento das gerações, revistas e guardadas pelos que vieram depois, até então
no tempo das eras, compêndios acumulados em bibliotecas imensas. Com isto, há
limites inevitáveis de querer contar e aprender das histórias momentâneas
trazidas pelos séculos. Face a tanto, nasceram as ideias, os monumentos, as
máquinas, cidades, construções geniais de um chão quase perpétuo. No entanto,
aonde irão exercer os papéis da perfeição a não ser através das mesmas
criaturas que hoje sabem de tudo, talvez?!...
Viver o que pensam, imaginam, requer, por isso, esforço
soberano de subjetividade, o que os textos carecem de poder dominar. Existem,
nisto, as individualidades, único lugar disso acontecer. Vez em quando um
desgarra das tais teses e exercitam os roteiros ali previstos em tão inspirada exatidão.
Haver-se-ia de ser desse modo, conquanto as técnicas e os calendários carecem
de demonstrar na realidade o senso de conhecer que eles acumulam. No Amor,
portanto, na consciência de si, de lá que advêm os sentidos desde há tanto
aguardado nas esquinas deste mundo.
Viver, vivenciar, o que resta de acontecer às criaturas
pensantes, agora sensíveis ao poder de contar e transmitir exaustivamente. Algo
de razão maior do que a simples razão de fazer disso os pensamentos que ora circulam
nesse universo dos seres inteligentes da Criação que vemos a valer. Além das considerações
eventuais, importa agora interiorizar e usufruir de perto aquilo de tanto tempo
que sobrevoa os destinos e as mentalidades. Conhecer no íntimo os princípios e
as oportunidades vindas ali no coração, e assim saborear o quanto, desde tanto,
se soube apanágio de longos passados, afinal a hora existe na essência de cada
Ser a que isto aconteça.
