Tanto se falou até hoje em transformar o mundo e poucos disseram do quanto necessário será a própria transformação. Nisto, livros e mais livros são escritos desde sempre. No entanto, a urgência dos tempos fica por conta de reverter os quadros sociais e ocupar os lugares, intenções pessoais que prevalecem nos projetos em andamento. Incentivam a paz e saem de armas em punho. Alimentam sonhos e criam disso pesadelos sem conta. Quando, na verdade, há, sim, real significado no que importa acontecer neste chão, porém vindo de dentro das criaturas humanas, longe das ânsias só materialistas. Nesse mergulho interno chegar-se-á, lá um dia, no auge das possibilidades.
Que mais que nasça de mim? Quais meios de reverter um quadro
aparentemente histórico, dantesco, indefinido? De tanto esforço a chegar
noutros lugares que não os assim desejados, ver-nos-emos face a face conosco
mesmos qualquer dia desses. De propagar o senso dos destinos, a Humanidade
resolve, então, desvendar as malhas íntimas da consciência. Passados foram
tantos e tantos séculos e agora se distingue a importância de interpretar o
mistério no seio das individualidades.
E narrar essas aventuras espasmódicas despejadas pela
História, quantas intenções foram desfeitas nos impuros agregados de pessoas e
grupos, espraiados nos roteiros dos filmes de antigamente... Nem de longe
atenderia o gosto de achar as abas de verdade no que nos aguardam as gerações
infinitas.
Há que haver, na essência do ser humano, a tal descoberta de
um novo ente que refaça o trilho onde largaram as ilusões políticas, sociais,
quais fossem meros agregados de sortes várias. Desvendar de si o segredo das
descobertas e construir um mundo novo. Equilibrar as funções da Natureza de que
somos partes fundamentais, que a isso aqui viemos, pois. Espécie de
interpretação do drama coletivo, um a um eis a missão. Não só de matemáticas
vivem os seres, porquanto doutras sementes eles vieram e existem.
(Ilustração: Uma casa abandonada).
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