domingo, 19 de outubro de 2025

Revolução da Consciência


Tanto se falou até hoje em transformar o mundo e poucos disseram do quanto necessário será a própria transformação. Nisto, livros e mais livros são escritos desde sempre. No entanto, a urgência dos tempos fica por conta de reverter os quadros sociais e ocupar os lugares, intenções pessoais que prevalecem nos projetos em andamento. Incentivam a paz e saem de armas em punho. Alimentam sonhos e criam disso pesadelos sem conta. Quando, na verdade, há, sim, real significado no que importa acontecer neste chão, porém vindo de dentro das criaturas humanas, longe das ânsias só materialistas. Nesse mergulho interno chegar-se-á, lá um dia, no auge das possibilidades.

Que mais que nasça de mim? Quais meios de reverter um quadro aparentemente histórico, dantesco, indefinido? De tanto esforço a chegar noutros lugares que não os assim desejados, ver-nos-emos face a face conosco mesmos qualquer dia desses. De propagar o senso dos destinos, a Humanidade resolve, então, desvendar as malhas íntimas da consciência. Passados foram tantos e tantos séculos e agora se distingue a importância de interpretar o mistério no seio das individualidades.

E narrar essas aventuras espasmódicas despejadas pela História, quantas intenções foram desfeitas nos impuros agregados de pessoas e grupos, espraiados nos roteiros dos filmes de antigamente... Nem de longe atenderia o gosto de achar as abas de verdade no que nos aguardam as gerações infinitas.

Há que haver, na essência do ser humano, a tal descoberta de um novo ente que refaça o trilho onde largaram as ilusões políticas, sociais, quais fossem meros agregados de sortes várias. Desvendar de si o segredo das descobertas e construir um mundo novo. Equilibrar as funções da Natureza de que somos partes fundamentais, que a isso aqui viemos, pois. Espécie de interpretação do drama coletivo, um a um eis a missão. Não só de matemáticas vivem os seres, porquanto doutras sementes eles vieram e existem.

(Ilustração: Uma casa abandonada).

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