Antes, falar um pouco da pretensa liberdade, aquilo dos sonhos dos ficcionistas, dos aventureiros e místicos. Andar ao relento e viver de mistério ao pé da letra dos desejos. Isto de que se sabe quase nada e nada seja. Muitos, a não dizer todos, padecem da vontade insana de continuar, por vezes até de regressar ao passado e revear o senso dessa procura, desfeitos aos sóis. Mesmo que tal, no entanto, tocar adiante o impulso das horas através de quantos existem. Viver, praticar o fenômeno vida com as próprias mãos. Isso do indiscutível que se transporta nos laços das virtudes de ser.
E pensar-se livre, no entanto. Padecer dessa fome constante
do domínio de si, porém face a face com o Destino. No uso das palavras, o
palpite vem à tona. Ser-se-á concorde ao inevitável, contudo. A gente defronta
o cruzar dos firmamentos e avaliar ter de sustentar as alças da vida aos olhos
invisíveis da sorte.
Gosto disso, de abordar a urgência de conhecer o que virá em
seguida, conquanto nada imponha e tudo haja de acontecer a todo custo. Foram
séculos de filosofia a descobrir tanta verdade exposta aos sabores do vento.
Todavia, o verbo cria asas e sobrevoa as lendas, donde vêm os facínoras e os
heróis, sob rajadas e circunstâncias. Desfazem-se de igual jeito. Padecem de
histórias semelhantes. Revelam os caminhos abertos e, em seguida, os desprendem
do roteiro, cobertos que foram pelas malhas do definitivo.
São as cores desse painel de aventuras que contam o segredo
de mundos inexistentes, e aqui oferecem as refeições do cotidiano. Saberes,
viveres, tronos e cavernas, folhas espalhadas ao Infinito, cada vez mais.
Nisto, os protagonistas tão-só imaginam o poder de haver criado quaisquer
possibilidades. Depois, ausentes que sejam, outros céus cobrem o espelho e pensamentos,
e virão o silêncio na alma das criaturas humanas.
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