terça-feira, 28 de outubro de 2025

As máquinas humanas


Lembro o filme 2001, Uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, quando os astronautas, em viagem interplanetária, utilizavam essencialmente os equipamentos eletrônicos naquela viagem a bem dizer impossível em tempos dagora. Cumpriam à risca as funções de navegar no espaço lá distante, porém dependiam sobremodo do uso ideal daquelas engrenagens sofisticadas, nível profundo de conhecimento, no entanto a exigir rigor no manuseio dos tais instrumentos. Quando, determinado instante da película, se observa espécie de conspiração cibernética a pôr em risco o seguimento da missão.

Isto quando, visão pessimista daquilo tudo, põe às claras o avanço tecnológico e suas imaginárias consequências. No entanto, há de viver-se outros conceitos, outros resultados. Bem ao modo das aparências do que possa vir a ser, os humanos de hoje já utilizam meios técnicos de inimagináveis resultantes. Qual o quê, traz à baila severa dependência a fatores ora vários da Ciência, do existe no desenho que significa extensa margem de implicações relativas ao momento civilizatório.

Espécie de reconfiguração da própria identidade da raça, vistos conhecimentos formados sob princípios que envolvem técnicas, mecanismos, fórmulas, aprimoradas em âmbitos reservados, secretos, disso vem à tona existir mundo à parte. Linguagens cifradas através de avigoramentos exclusivos, meios outros que não a pauta comum, exercitam, destarte, poderes inaccessíveis aos olhos medianos da massa, deixando-a submetida ao inesperado da cena.

Isso que foge ao lenitivo da espécie e já transita noutras dimensões. Superpõe, talvez, determinações acima da cidadania meridiana. De certeza que existe e permite, inclusive, a sobrevivência de tantos e do sistema em si. Domínio soberano de raros, oferece os saberes necessário, contudo, ao seguimento da Civilização. Ao crivo de tais significações, mesmo assim persistirá sequência inimaginável de acontecimentos. Ao que antes se consideravam inteligência, ora supõem até artificial, numa hipótese de ser algo além da origem pura e simples da memória e do raciocínio de criaturas aqui viventes. Todavia, a grosso modo, o inesperado cria suas asas e novas vertentes, e compreensões bem que devem vir a exercitar o senso da perene realidade.

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