quarta-feira, 22 de outubro de 2025

A ordem do Universo


Dalguma razão haveria de ser desse equilíbrio que a tudo preenche, a força viva da Natureza. Quisesse, doutro modo, que assim não acontecesse, a quem demonstrar tal intenção?! Disso, o princípio intransigente e a soberbia da ignorância de muitos. Daí a inevitabilidade do quanto existirá desde antes e aos olhos acesos dos que andam neste chão inesgotável dos acontecimentos.

No mais, a pura experiência de existir que ora se confunde com a liberdade, a realidade, o sonho. Rebanhos sucessivos de videntes padecem do mesmo instinto de sobreviver a qualquer custo. Cercados da imensa cratera do inefável, removem, pouco a pouco, restos de si próprios dessa lama cósmica aonde querem chegar lá um tempo desses. Quais seres assustados da sorte, porém vaquejam noites a fio na ânsia do definitivo.

Enquanto isto, a Lei impera extática, percuciente, dadivosa. Espécie de sistema coeso, magnânimo, permite que caos acorra, porém sob o crivo da arrebatação dos destinos em voga. Nada, pois, consiste doutros motivos senão destes, de uma força superior a quaisquer formações. Sob o critério dessa obediência, deslizam no Infinito alimárias e objetos, quadro a bem dizer dantesco de quantas expectativas criadas no vácuo do pensamento. Cores, formas, sons, conquanto pequenas gotas do espaço e das horas superpõem o inexistente e definem desejos de eternidade apenas trazidos da imaginação desses entes superpostos.

Ainda, e por demais, persistam desvendar todo mistério; ser-se-ão minúsculos instrumentos de longas epopeias, dagora e para sempre. Nisto, a finalidade última das circunstâncias, durante o trilho das ilusões em contraste, vivem, sobrevivem e esperam. A que superpor face ao panorama inatingível de todas as gerações, serem autores e protagonistas de roteiro magistral, em vista de resistir a provas intermináveis. Perante, pois, plano de igual finalidade, se pressupõem livres, em respeito de real certeza à perfeição espraiada aos céus, palco este de tamanhas realizações.

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