Tudo, tudo... Ao encontro consigo mesmo. Debaixo das sete capas do destino, bem ali, dorme o que se busca através de tudo. São pedaços do grande todo que perduram nas dobras de todos os descaminhos, ou caminhos. Aonde se for, nalgum qualquer das estações do Infinito, nesse lugar impera o Eu real que todos, incessantemente, cavoucam pelos chãos das galáxias. Restos de si mesmos, pois, formam essa excursão de nós ao foco de tudo quanto existirá já hoje.
E na ânsia de revelar o mistério desse mar de lembranças
dorme o sentido até das ilusões menos válidas. Das madrugadas insones. Dos céus
adormecidos nas normas do encontro de si consigo, pelas encostas dos séculos
sem fim. Esses fragmentos de dores e saudades, apetites e ilusões, significam
tudo além desse aparente nada que tritura o alimento da história, os humanos.
São multidões e mais multidões afeitas nessa procura que faz das criaturas
brilhos esmaecentes que escorrem pela frestas dos dias, nutrientes de carne e
repastos de banquetes.
Enquanto que lá dentro, nas profundezas da alma dos
indivíduos, vive intenso o jeito de sobreviver às aparências e tocar o barco da
esperança. Nós, os protagonistas do filme das existências, somos esses próprios
autores da felicidade na forma dos gestos e das vidas que vêm e vão. Nem que quiséssemos,
disso fugiríamos, porquanto inexiste a porta doutra sinfonia senão essa de
encontrar consigo mesmo e nesse pouso viver os sonhos de tantos pelas savanas
daqui que se desmancham. Veja, por causa disso, o quanto de tecido temos de
vestir o firmamento e reviver tudo aquilo que guardávamos nas páginas do que já
o somos.
Daí a paz de que fomos feitos na oficina dos sóis, certa
feita, de manhã. A chave desta perfeição a trazemos conosco e será utilizada
diante das nuvens em movimento, debaixo das sete capas do destino, bem ali aonde
dorme o que se busca através de tudo, portanto.
Nossa que texto! Tão real e profundo, nas palavras e no sentimento profundo do existir. Parabéns! 💫💫💫✨
ResponderExcluir