quinta-feira, 27 de outubro de 2022

O único Eu a considerar


O Eu real é a encarnação da eterna bem-aventurança, dizem os mestres. Este eu, acima de todo objeto, inclusive do corpo material, eis a sequência de tudo, caminho inevitável da Totalidade do que existe. Eis o único Eu que destrói a ignorância. Isto resume fenômenos e ilusões que sumirão na medida dessa evolução original, a razão de todos os seres. Some, assim, também, a ignorância e vence o egoísmo, mostrando por fim a essência da Verdade dos viventes, é a porta dos sentidos que conduz essa visão clara da Realidade, de que somos o observador e a causa.

Raciocínios desse modo abrem-nos a sequência natural da nossa presença na consciência em movimento e possibilita a iluminação de um Ser superior em nós. Bem isto, a síntese universal, busca de tantos através das existências. A clareza desta compreensão identifica as buscas humanas, define a razão do que ora se vivencia e tranquiliza a mente. Os mitos da Humanidade indicam, desde sempre, essa fundamental consequência da Natureza por meio dos seres inteligentes.  

O itinerário das vivências percorre, pois, as histórias pessoais e oferece meios que, somados, revelam gradualmente o sentido de estarmos aqui neste momento. Simples de ser, exercemos papéis de alunos e professores de nós mesmos. Trabalhamos as notícias e experiências que nos chegam a cada passo dessa longa estrada. Fundamentamos a nossa própria filosofia e a religiosidade, reunindo fórmulas adquiridas no transcorrer dos milênios. Nós e a Humanidade em formação que o somos.

De modo prático, tal representa a Luz das existências, norte que justifica os fatores em andamento durante a Eternidade que habitamos na busca dessa descoberta e transformação prática. Enquanto isto, as palavras dão de conta de sua função de mostrar os setores de si através da compreensão que ilumina e estrutura o progresso de todas as leis do nosso caminho.


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