sexta-feira, 10 de setembro de 2021

A hora do acerto


São as normas da Natureza às quais só resta obedecer com fidelidade. Tantos equívocos jogados na roleta da sorte e quando menos esperar o vértice do triângulo acenderá na escuridão das noites mornas e chegarão os emissários do Infinito a impor suas condições inarredáveis. Quantos mistérios ainda estão a caminho?! Horas a fio, nesse andar dos movimentos, enquanto aceitamos viver sob as mil circunstâncias do existir...

Rendição incondicional, a cada um conforme seu merecimento. As luzes do original que cercam o Universo de todo lado nem disso cabem fugir, conquanto sejamos cativos da mera contingência dos humanos. Todavia transportamos no íntimo todos os códigos e as interpretações de revelar, neste plano, os segredos de amar, autores, portanto, da própria salvação. Os mestres vêm a isso, de dizer as formas do encontro consigo próprio no âmago da Consciência, e nisto ultrapassarmos o abismo das ausências.

Nesse dizer de tantos pelas histórias deste mundo, há definições perfeitas de encontrar as portas do depois, porquanto viemos nesta disposição. Durante o tempo das nossas presenças, bem aqui, impera o ditame da transcendência, de vivenciar compreensões do que seja a suprema Lei que tudo rege, enfim.

Quem contará dos passos que daremos vida afora perante as dúvidas desse encontro com as bênçãos da Eternidade? Séculos, milênios no calendário dos destinos. Forças exponenciais dominam o instante nas trilhas dos céus. Todos, sem exceção, a tanger os sóis, nos riscos deixados a todo dia. Nós, senhores dos mesmos desafios, respostas às interrogações das doces amarguras.

Quantos filmes ainda iremos ver, quantas músicas ainda ouviremos, quantos sonhos?... Sabe-se, contudo, que existem as barreiras e as estações, os cravos e as ferraduras... Angústias e faustos... Passageiros, pois, dessa harmonia, alimentamos certezas de um dia ser feliz, almas enfileiradas aos pavios dos moinhos feitas instrumentos da realização do Ser na espontaneidade natural que nos transporta. Filhos da solidão, apenas vislumbramos o pouco do que dizem os santos e mergulhamos na individualidade, fieis autores da criação deste momento sem fim, amém.

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