Isso de conhecer, bater às paredes do Infinito, revelar a si próprio a caligrafia deste Chão e adquirir asas de galgar aos Céus, eis a real finalidade de tudo quanto há durante todo tempo. Desvelar o que em nós encobre tais os segredos do olhar dessa libertação. Enquanto que, antes disto, confrontamos conosco nas malhas da ignorância, vivos seres de altos sonhos, desde lá de sempre vem sendo assim, nas marcas deixadas nas cavernas e encostas de montanhas talhadas a pedra. Reviramos as cadeias da angústia, amarguramos insatisfações de desejos, vultos encapuzados que vagam nas sombras dos padecimentos. No entanto, persistimos a qualquer custo, lábios ressequidos, noites insones e vontade forte.
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O véu de Ísis é uma metáfora e motivo artístico alegórico em que a Natureza é personificada como a deusa Ísis coberta por um véu ou manto, representando a inacessibilidade dos segredos da natureza. Google
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A força descomunal de tantos vilarejos das vidas antigas alimenta a sede do eterno nas almas dos humanos. Vislumbramos todo instante o poder soberano da imortalidade que carregamos conosco, pequenos, porém gigantes, amores e saudades, luzes que se acendem nas frestas dos mundos ignotos que guardamos debaixo de sete chaves no abismo do coração da gente.
Durante as vidas, pois, existe o tal véu que nos encobre o destino da real sabedoria, até quando descobriremos, igual genialidade a vencer as trevas da nossa consciência que aos poucos abre todas as portas do Sol. E vencer o deserto da dúvida, a resolver de uma vez por todas o drama desta solidão que nos envolve e grita numa aspiração de paz.
Ísis representa, com isso, o personagem mítico que administra a cortina que, tão logo aberta, distingue o mistério entre a vida e a morte, face ao enredo escuro conquanto a ser revelado no percurso das epopeias individuais do pregão dessas existências transitórias daqui do Chão.
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