Aonde quer que seja, em tudo, afinal, persiste o mistério da Criação. Nem de longe a razão dos humanos galgou explicar o primeiro passo das existências, inclusive da própria racionalidade donde vêm as dez mil coisas. Assim, vaga, solto no ar dos infinitos, o sinal enigmático de quem, lá um dia, resolveu trazer à tona tantos do que, todo momento, mantêm viva a continuidade e o furor dos acontecimentos. Um Ser soberano, até então inexplicável nos termos conhecidos, algo que flutua entre o Tempo e a Eternidade, entre os números e as palavras. Ser capital das inesgotáveis finalidades, raiz das condições e penhor da Justiça absoluta, que rege e contém no seu âmago a real concretude dos valores definitivos.
E, o que, por demais, toca as possibilidades na essência de
tudo, na alma do Universo, habita todos os seres, fagulhas da mesma Luz, sol da
mesma finalidade. Numa perfeita harmonia, os segundos marcam, pois, o ritmo do
Cosmos, qual o que pulsa em nossos corações. Ajustar a tanto, resta que desvendemos
a caligrafia original, que a isto aqui viemos. Parceiros da magnitude, tangemos
nossos barcos aos mares da Felicidade, quais senhores dos astros e experimentos
das nossas indagações e magnitudes. Isto é, partes desse penhor de eternidade
que conduzimos em nossos passos.
Daí, fora de cogitações e dos raciocínios só materiais, ora
prosseguimos na elaboração da arte de extrema criatividade, peças que compõem
cores e sonhos, à medida de todos os instantes. Criamos de nós o íntimo dos mundos
e os fazemos em movimento.
Senhores de si, respondemos aos chamamentos de nossa humana
consciência até quando de tudo façamos um instante só da pura Paz, de que
seremos autores e fieis senhores, conquanto em todo há um Ser original.
"até quando, de tudo, façamos um instante só de pura Paz!"
ResponderExcluirA paz almejada por tantos e conseguida por tão poucos! Nessa sua prece, você traduz o anseio de toda a humanidade, sempre desejando mas nunca alcançando". Por que?