Lupeu, sim, desmergulhou com força do âmago de sua própria história dos inúmeros passados e trouxe ao panorama da visão crítica o que conseguiu apurar, o que podemos classificar de, no mínimo, instigante naquilo que achou por bem transmitir aos outros mortais. Buscou nos minérios internos da alma o que houvesse de mais desafiador do tanto quanto conheceu em aventuras errantes, e lapidou, construiu, na soma de duas técnicas, o biscuit e o óleo, às vezes sobre tela, doutras em madeira; ora em círculos, ora em quadros ou retângulos. Causou algo de insólito e rumoroso em painéis de cobre acetinado, o que significam suas obras.
Na visão do pintor-artesão a jornada prossegue nas denominações das peças: O velho príncipe volta para casa. Tábua de Esmeraldas. Chuva de dados. Kariri. Nossa Senhora das Armas. Aqualung. Sétimo selo. Pacha Mama. Nos corredores sombrios do seu Inconsciente e dos tempos recentes da arte, transforma pedaços de si nos apelos visuais quase que agressivos e zombeteiros que traz a lume, ação de revelar o que lhe veio aos sonhos.
Ele, que também produz versos e contos, entremeia sagrados e psicodélicos, também neste seu momento dagora, porquanto lá antes, em Petrolina PE, já promovera, juntamente com Guto Bitu, a exposição Sacrodélico.
Indicado a quem deseja renovar o guarda-roupa da imaginação, a mostra permanecerá em cartaz no BNB Cultural de Juazeiro do Norte CE até 09 de agosto do corrente.
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