Poucos dias atrás, passava pelo meu juízo o quanto a fragilidade caracteriza os frutos do Tempo em que vivemos quais peças de cenário maravilhoso; tudo é lindo, tudo é frágil, quais sorrisos doces de uma criança. Suave. Simples. E nós, bichos agressivos, interesseiros, no meio disso, do sagrado da Natureza, guerreiros estapafúrdios da vaidade humana.
Peixes tubarões competitivos, ilusórios, desfilamos apressados nos bólides metálicos pelas avenidas, ganhadores das taças da ingenuidade e da pobreza moral. Meros fazedores de ruínas, tangemos o bonde da história, ainda famintos das necessidades mínimas de ética e bons costumes. Estupradores, traficantes, viciados, políticos infiéis, arrombadores, gananciosos, eles também contam, na média aritmética dessa fome dos predadores inveterados.
Assim, tudo tão leve, tão frágil, e o velho barco segue mar adentro, nau dos insensatos e casa comum das comédias e falcatruas. Ninguém queira pular fora, que não existe lá fora. Único, perene mar das alegorias humanas... Vender almas em troca de dor, enquanto bem poderá ser no sentido inverso: aceitar a dor e salvar a alma. Que o vento das horas desliza faceiro sobre a pele dos ímpios para sempre. Não há fuga possível, nem imaginável.
Bem, que desejemos reunir forças e salvar os soldadinhos do Planeta, quando mais e mais pede a ser salvo, no coração da gente. Aprender a amar incondicionalmente o respeito das existências, inclusive dos outros seres humanos. Viver a intenção de dominar a si mesmo, na guerra das divergências que poluem este mundo raro, fabuloso e habitat das belezas raras. Ser feliz, afinal, permitindo que os demais também sejam.
Gostei muito do seu texto. Leve, culto, real muito lindo.
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