Em todo parágrafo da escrita, um passo na história da sobrevivência. Sinais de estradas escondidas nos socavões doutros mundos. Vontade soberana de achar as respostas que desaparecem sempre a toda esquina, deixando vazios abertos às novas oportunidades que sucedem.
Aos poucos, na repetição das frases, o prazer de descobrir a inexistência da matéria que simplesmente representa apenas energia em movimento nos objetos e nas pessoas. Pedaços de reinados jogados fora, os sentimentos quase falam de vilarejos abandonados, nas montanhas mais distantes de si mesmo. Películas e películas sem nexo. Sabores inúteis de frutos proibidos. Olhos dos animais selvagens iluminando as sombras.
Quisessem reunir assim num só e único bloco de significados tudo quanto existe, o Eu sobraria livre de solucionar os objetivos de estarmos aqui e pouco saber do final desse drama humano. Doses de indiferença das criaturas em relação a elas e às outras bem revelam quanto viver reclama de que há de se pensar muito e por demais.
(Ilustração: Salvador Dali).
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