A liberdade e o sonho
Um povo sem liberdade logo perderia o direito de sonhar em ser feliz. Eis tema bom por demais, nas eras em que falam de riscos, quando povos entregaram a autonomia sagrada em mãos dos ditadores insanos. Venderam almas nos leilões da indiferença e vão vazios de querer, só, exangues, descendo ladeiras da insegurança. Precisa lutar. Sustenta a fragilidade dos amanhãs, ainda que incertos futuros batam às portas, nas noites frias dos vendavais. Entregue não, em tempo algum, seu poder sagrado de viver as imprevisões. Pense nos filhos e netos que um dia voltarão lembranças aos fracos que lhes largaram nos calabouços infectos da timidez moral. Mantenha a chama viva da esperança em brasa, no íntimo coração; preserve a dignidade que, com tanto esforço, depositam às gerações que combatem o totalitarismo. Lembre revoluções perdidas que deixaram rastros de dor e sangue, lares desfeitos e heróis esquecidos.
Por isso, alerta sempre de olhos abertos nos aventureiros de plantão, que tão só desejam alimentar a fera das vísceras à custa da tranquilidade dos campos e dos valores da amizade fiel. Foram tantas luas de poesia e sonho nos dias melhores, e agora mais do que nunca, a Humanidade há de praticar as lições do empenho coletivo e calar a voz dos vícios e a covardia indiferente.
Credos mil clamariam aos Céus o equilíbrio necessário da sabedoria e dos sonhos numa sociedade justa. Reserve, pois, os bons ideais adormecidos e reinicie a jornada rumo ao Sol da liberdade. Ganhe o prêmio da coragem e plante amor no solo da felicidade eterna. Conduza a vontade soberana aos dias de paz, de quando nunca abandonara a certeza nas vezes de quem aceita sustentar o poderio da Natureza através do deus humano que somos todos nós, estes senhores da História.
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