No entanto este ano apareceram com ideia diferente, talvez saturados de preencher só o interior da coberta lá fora, acharam que devessem medir força com o pouso da correspondência, a caixa de correio.
Primeiro, notara que apareceram gravetos, folhas e até rebarbas de sacos plásticos no interior da caixa, o que imaginava fruto de brincadeiras de menino desocupado, treta que se repetiria nalgumas outras ocasiões, ao avistar novos entulhos jogados ali dentro.
Qual surpresa, todavia, quando, numa tarde recente, aberta a caixa, voara um casal de garriças apressadas e apreensivas. Então, nessa terceira ocasião, ficara patente a apropriação temporária do imóvel antes de chegarem as cartas, bem outra finalidade, episódio natalino da procriação de animais, garrinchas impertinentes. Conteúdo suficiente, a aceitação das ordens naturais nos fez baixar a cabeça...
Examina daqui e dali, a natureza, claro, detém o poder da razão também nessas horas. E os passarinhos permanecem arranchados na caixa de correio, formato diferente de trazer cartas inesperadas, bichos alados solicitando sobrevivência, nesses tempos de tamanhas destruições da mata indefesa.
Por favor, ponha as cartas por baixo do portão, eis o aviso que lacraria temporariamente a fresta de chegarem cartas, isto até o nascimento da ninhada dos visitantes invasores deste final de ano.
Bacana!
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