domingo, 7 de setembro de 2014

O parto das consciências

Ah! Essa vontade que ferve dentro da gente de ver nascer dia pleno ainda nas madrugadas, lá quando o que demora tanto sabe que há um sol a vir que nascerá esplendoroso na tela bem guardada dos destinos, e que tem a velocidade incontida dos sóis imensos das verdades a inundar cores de tudo no nada silencioso, promessa que se cumprirá à medida face a face do desejo de perfeição do ser que nasce durante o dia que rasga de luz o horizonte.


A vontade que permeia os detalhes nesse quadro fulgurante de saudade em forma de paz no coração das pessoas... Gotas caladas que persistem e as mãos ansiosas das outras emoções, vultos livres, calados, a tatear na solidão dos dias quais entes independentes que impacientes deslizam as lâminas de luz no vento das tardes repletas só do canto dos pássaros.

Olhares em volta esperam as palavras exatas que trazem as letras e preenchem o papel dos sons ocultos da visão dos cegos a brincar pelas campinas do espírito à busca da calma que contém susto e imensidão.

Traços de formas quais rastros de existências a vagar o infinito das horas feitos artesões do Conhecimento, às vezes trôpegos; outras, guerreiros de batalhas inexistentes no consigo próprio; apenas criaturas à procura do Criador que um dia veio e agora quer reencontrar aqueles que deixou nessa busca do Si da perfeição. E o Ser exato da essência viva da existência formula suas indagações e responde o dia que nasce fruto das gerações.

Sobreviventes, pois, das circunstâncias, garimpeiros do ontem que virou ruínas face aos passos harmoniosos da engrenagem que palpitam nos corações, o tempo, de desenhos maravilhosos do presente, riscam nuvens eternas pelo céu da Consciência. Assim, enquanto árvores realizam frutos, andarilhos do lugar onde vivem o sopro divino da História coletiva. 

2 comentários: