A ciência, no entanto, dispõe de elementos suficientes para cobrir essa lacuna, através de acontecimentos registrados, por exemplo, na Grã Bretanha da segunda metade do século XIX, os quais a seguir descreveremos.
De 1870 a 1873, o cientista sir William Crookes, nascido em Londres a 17 de junho de 1832, promoveu em laboratório uma investigação detalhada com experiências de materialização do espírito denominado Katie King, utilizando a sensitiva (médium de efeitos físicos) Florence Cook, todas fixadas em quarenta e quatro fotografias batidas com raios infravermelhos.
Por meio de substância denominada ectoplasma, cedida pela médium, o espírito pode reconstituir sua fisionomia e se manifestar neste plano material, agindo pela própria vontade, inclusive a tocar instrumentos musicais naquela ocasião. Outro cientista, na Alemanha, Friedrich Zollner, também chegou a efetivar prática semelhante.
Quando, depois, perseguido pela comunidade científica inglesa, negou-se Crookes reeditar seus artigos sobre o assunto e evitou deixar circulassem as fotografias feitas do espírito, hoje depositadas em arquivo ao dispor dos que pretendem conhecer mais a propósito desse assunto.
Com aquilo, no ano de 1904, o físico inglês admitiu a liquidação definitiva do materialismo e confessou crença absoluta na sobrevivência dos que passam ao Além e de lá nos observam, conclusão apreendida nas citadas experiências. No livro intitulado Fatos Espíritas, relatou as fases de seus estudos, mostrando, sem margem de dúvidas, o poder extraordinário dos espíritos para recriar a forma que possuíram na carne, utilizando a matéria física em forma de ectoplasma.
Florence Cook caia em transe antes das materializações, ficando sob as influências do processo mediúnico na medida em que o espírito adquiria o domínio da situação, até se mostrar por inteiro, com o decorrer do tempo das várias experimentações, numa média de duas sessões semanais.
Seu rosto a princípio dava a impressão de ser oco por trás. Mais tarde preencheu-se, os crepes ectoplásmicos se tornaram menos abundantes e, um ano depois, ela já conseguia caminhar do lado de fora da cabine.
Portanto, no decorrer de três anos, Katie King, jovem filha de um corsário jamaicano do século XVIII, loura, alta, de pele e olhos claros, se materializava próxima da médium Florence Cook, jovem de quinze anos ao início dos trabalhos, pele morena, estatura mediana, olhos e cabelos castanhos, sob o testemunho presencial dos frequentadores do estúdio, inclusive provenientes de outros países. Dentre as inigualáveis contribuições de William Crookes no campo da Física e da Química consta a descoberta do quarto estado da matéria, o estado radiante.
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