As representações artísticas lhe mostram, de comum, na tradição, qual figura feminina e masculina, em única forma. Nalgumas vezes, num dos lados, imberbe. No outro, barbado. As características da imagem o indicavam a olhar cada face em direções opostas.
Aspecto que diz respeito a Jano o relaciona às guerras, conquanto anunciava seus começos e términos. Enquanto durassem os conflitos, os templos a ele dedicados permaneciam abertos, já ficando fechados durante os períodos de paz, tradição que perduraria até o século IV d.C., comportamento que, segundo Tito Lívio, só aconteceu duas vezes em oito séculos.
A correlação entre as mitologias grega e romana quase sempre conduzem a deuses de iguais parecenças, o que, no entanto, deixou de ocorre quanto a Jano, sem similar entre os gregos.
O poeta romano Ovídio, na obra Fastos, consigna o deus sob as seguintes palavras: Os Antigos chamavam Caos a esta divindade que, originalmente, não tinha sequer forma. Quando da criação dos elementos que hoje temos, esta bola de massa transformou-se então no corpo de um deus. E ainda acrescentou: Tal como as portas têm dois lados, e um porteiro fica por fora, também este deus era então o porteiro da corte divina, e com as suas duas faces podia então olhar para lugares opostos, tal como Hécate (com suas três faces) podia vigiar atentamente as intersecções das estradas.
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