Enquanto isso, o pensamento ainda impera solto nas consciências perdidas, espectros bloqueando a chegada dos sentimentos bons que ainda salvarão as máquinas dominadoras dos continentes e das oportunidades de libertação. Arrependei-vos da cegueira e vens ao batismo de João, vós escondidos detrás das muralhas falsas do poder do chão, quais ratos medrosos em noites de fúria, pigmeus que devoram a própria carne em busca de sobreviver algumas copas do mundo mais, durante a farra da ilusão passageira, miragens, miragens, cenouras à frente de burros trôpegos, no trilheiro de açúcar e sal, desnorteados vendedores de fumaça e poeira.
Lembranças persistem, no entanto, nos avisos da voz do que, belo dia, clamou no deserto, e dele cortaram a cabeça: ... Porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. Filhos do coração, nascidos acesos, vivos na alma dos que têm fé na certeza, na Verdade, frutos do solo fértil de corações fortalecidos.
O deserto de nós donde viverá eterna vida, haja que plantar e regar a semente do Bem pela prática do que é bom de essência. Então, firmar os pés na revelação de Si, justa medida dos que se orientam nas estrelas e no Sol, exemplos da Luz no coração.
(Foto: Jackson Bola Bantim).
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