Há momentos em que a
humanidade revela o quanto da divindade impera em nossos organismos pouco
conhecidos a ponto de o céu chegar ao chão dos pés e andarmos tontos vagando nas
nuvens coloridas de emoção que sacodem o ser, trazendo ao foco dos
acontecimentos poder do infinito domínio que jamais imaginamos possuir, mas que
precisamos dispor a qualquer preço de equilíbrio, descobrir das entranhas a
saúde.
Ninguém cruza, pois,
incólume adiante os desafios de mais serenidade nessas horas férteis à paz do sentimento,
o que virá lá nos depois, além do horizonte. O valente, o herói, que habita o íntimo
do mistério apresenta suas credenciais aos tais desafios das fronteiras onde
impera o fragor das batalhas, esse eu caprichoso de explosivas definições no
prumo da sobrevivência maior, bem ali defronte dos exércitos de nós, nessa
planície plana, solitária, clara, que confrontam, conflagram na guerra do Si
Mesmo, a mãe de todas as nossas batalhas, o interior da alma das gentes.
Descomunais vertentes
de consciências pedem coerência dos amores perdidos que renasceram para sempre das
doces saudades em antigas sensações e perenidade, quando as sementes se achavam
eternas e desapareceram da vista, no entanto pelas fases do nascer e morrer,
morrer e nascer dos instantes das outras flores que perfumarão as próximas e
felizes madrugadas.
Assim, nas horas
cálidas de marcas a ferro e fogo que machucam e dilaceram os corações despertam
os seres da intensa renovação da ave imortal do Ser Maior que nós, primeiros guerreiros
da beleza. Uma espécie de tudo raro preenche multidões andando virgem, silenciosamente,
a história da germinação dentro do coração despedaçado. A transformação
inevitável impera, com isso, dentro da força viva da paixão de toda a poesia
das artes harmoniosas.
E sonhos despertam o
ente que já mexe as pálpebras em forma de luz intensa de quais madrugadas
posteriores às decepções, ainda molhado no líquido amniótico da crueldade do
parto definitivo. Poucos resistiriam a tantas involuções até o dia do
reaparecer da grandeza de sermos paridos em meio às dores que restaram
esquecidas perante à Felicidade, amanhã...
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