quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mistérios do Inconsciente

Já parou e reuniu as impressões interiores de que naquele momento seu eu lá de dentro se acharia noutro lugar às vezes bem distante de onde agora esteja? E com cuidado minucioso vem recolheu as lembranças desse outro ponto, longe no tempo e no espaço, observando que há um si mesmo que acha qual sozinho, circulando aí nos céus, independente do gosto que queira dar ao seu presente na hora em que se analisa diante da alternativa intrusa descoberta, flagrada conduzindo a célula viva que habitamos?

Em certos dias, são fiapos de músicas que vagueia nas trilhas sonoras da memória auditiva, repetindo, talvez, a frase melódica que mais lhe tocou nos instantes quando ouvira, nos programas do passado. Demora, demora, e vem novamente o som interno, espécie de vida mergulhada nas entranhas, autônoma, a lembrar belezas das notas musicais que mexeram no coração espiritual, podendo até manter sentimentos de tristeza, alegria, saudade... Quando colhidos assim de surpresa, flagrados, trazidos ao teto da consciência atual, tipo de cenário interno orienta que existirá, pois, vida plena, livre do puro foco desta vida cá de fora, dentro, bem dentro, de nós, num longe perto de causar espanto.

Dia desses, acordei da sesta vespertina e, ainda deitado, examinava as paredes da ocasião, a notar espécie de imaginação diferente, semelhante que olhasse em volta o filme da existência na forma do papel dali de junto, película em terceira dimensão que envolvesse o mundo, com a velocidade pulsante de cores, formas, sons e movimento, mas, no conteúdo definitivo, que pudesse ser aberto em forma de caverna, janela, porta, desvendando a realidade verdadeira no bojo da visão exterior que oferecia. Detrás dele, haveria outra dimensão, outras dimensões, acessíveis ao poder da gente, nas dobras do Inconsciente. Nos equivalentes a bolhas, viajaríamos nesse trem do tempo das aparências, de estação em estação das percepções pessoais, espécies de testemunhas da individualidade, cercados pelas justificativas dos sentidos acesos, a encandear o sentido objetivo quase só ignorado.

Nisso, além de tudo, a marca desses sinais de antenas e câmeras que somos significaria a essência permanente de recolher notícias da Natureza, cavaleiros andantes da transformação de seres insuficientes ruas às luzes identificadas com a definitiva e eterna felicidade.  

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