Conta o Evangelho
bíblico que Jesus, ao descer o Monte das Oliveiras quando seguia no destino de Jerusalém,
onde comemoraria a Páscoa, se viu saudado alegremente pela multidão dos
discípulos, que em alta voz começou a
louvar a Deus: Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e
glória nas alturas!
Nisso, ali presentes, incomodados,
alguns fariseus disseram ao Divino Mestre que repreendesse os discípulos. Ao
que este retrucou: Se eles se calarem, as
pedras clamarão. Lucas 19:37-40
Assim também acontece com
frequencia nas crises das civilizações. Povos inteiros clamam justiça, enquanto
líderes cevados na vontade popular dormem sob o monturo da indiferença,
responsáveis, por vezes, por desmandos das administrações do bem público aos
seus cuidados.
São milhares os
pretextos da propaganda política a iludir incautos. Gastos multimilionários a
manter oligarquias falidas nos tronos dourados da fria aridez que fragiliza instituições
criadas na intenção de servir ao cidadão. Há déficits enormes desatendidos,
contudo velhas aparências ainda enganam.
O clamor de justiça no
entanto detém a força do poder quando fracassam as improvisadas tratativas
humanas. As populações infelizes saem às ruas nos tempos de necessidades e
carências por demais contrariadas. Registros tais demonstram, nos momentos
críticos da longa história das sociedades, que religiosidade natural de Lei
superior a tudo conduzirá, num trilho de acontecimentos que flui qual rio sem
fim.
Palcos armados nas praças
refletem a importância das ações coletivas. A tessitura da paz social requer
atitude individual, posicionamento claro das ideias e dos valores. Ninguém que
esconda de si a realidade perante o mecanismo das horas que vivemos, pois
omissão representa algo semelhante ao compromisso dos tolos.
Um princípio
definitivo, independente só das vontades individuais, envolve a sequência dos
movimentos gerais, e todos nós representamos seus papéis.
Paz no céu e glória nas alturas!
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