quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Eterna transformação


Nada se cria. Tudo se transforma.
Antoine Lavoisier

 ... A mudança qual lei definitiva, numa conclusão valiosa desta vida. A eterna face do mistério, a força do movimento constante. Inclusive dentro da gente, na caixa dos pensamentos, sentimentos e formas de ver. Que bom que assim seja. Quanta perfeição diante da Natureza mãe.

Disso, duas consequências práticas vêm à tona, que nada sendo permanente daí some a acomodação face aos estados negativos de espírito. Isto é, desnecessário seguir embraçado nas antigas situações, por mais ingratas ou felizes que significaram. Bom senso impõe tal norma de entendimento, deixa as contingências ganharem seu caminho na medida do tempo que não estaciona (Não apresse o rio, ele corre sozinho).

Dessas conclusões vem o sentido de encarar a história no ponto de vista do plantio que façamos. Há um propósito que os valores representam. São tantos fatores ainda por nós desconhecidos que sabedoria exige prudência perante todo acontecimento. Desde o que pensar, ao dizer, ao fazer, somos parte de um universo indivisível, exato.

Conquanto submetidos a condições várias, também delas fazemos parte na medida em que a consciência revela normas de seguir em frente sob novas alternativas ao nosso dispor durante nossos passos. Em resumo, ninguém pode inventar as existências, senão obedecer a um poder intransponível. Na medida do tempo eis a coerência do absoluto em nossas mãos. Artífices da perfeição plena, pouco a pouco construímos o mundo ideal que buscamos.  

Padecer ou ter prazer representa, destarte, o resultado do que plantamos em nós e entre os seres vivos. Sem ser alienado, ajustamos o jeito de continuar e afinamos o instrumento de caminhar vida afora. Conter os instintos perversos e formular atitudes de paz em si próprio, e com isto vivemos a paz que aguardamos, pois.

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