segunda-feira, 17 de junho de 2019

Jackson Bola Bantim

Essa geração da vanguarda artístico-cultural dos anos 60 e 70 guarda nomes que marcaram época na região do Cariri cearense, dentre os quais Jackson Oliveira Bantim, o Bola, que pode ser classificado com um homem dos sete instrumentos. Votado ao mundo artístico, transita com extrema facilidade no cinema, na fotografia, na música, na cultura popular e nos eventos do período, vinculado a instituições ou por conta própria, evidenciando nítida vocação ao fazer das várias manifestações que abraço nesse mundo das artes e da cultura.

Descendente (bisneto) de Luiz Gonzaga de Oliveira (Gonzaguinha), fotógrafo profissional, ator e exibidor, pelo interior do Ceará, das primeiras produções cinematográficas, período de 1885 a 1930, Jackson Bantim logo tangenciaria pela mesma vertente, inclusive criando, junto às instalações do Instituto Cultural do Cariri, do qual é sócio efetivo de cadeira, o espaço denominado Memorial da Imagem e do Som Luiz Gonzaga de Oliveira, aberto ao público pesquisador das áreas de áudio visual, história e cultura popular regionais, que funciona desde 17 de maio de 2012. 

Casado com Fátima Serra Bantim, é pai de Jamylla Andrezza e Thiago, e avô de Jéssica, Jackson Manuel e Miguel.

Em 1974, teve uma participação no filme Padre Cícero, do cineasta cratense Helder Martins. Depois, residiu e trabalhou em Campina Grande PB e Fortaleza CE, também na área cinematográfica e de produção para de vídeos para a televisão. Em Crato, participou da maioria das realizações cinematográficas do Cariri desde a década de 70. Entre as produções cinematográficas de sua autoria uma se destaca com mais intensidade, As sete almas santas vaqueiras, produzida e lançada em 2009. 

Além de produtor de shows de grandes artistas nacionais em nossa região, Jackson é compositor de músicas gravadas por cantores e grupos de renome. 

Acompanhou de perto o merecido destaque do poeta maior do Sertão, Patativa do Assaré, de quem mereceu a amizade no decorrer da existência do vate. Amigo de figurões proeminentes da música popular brasileira, esteve à frente de espetáculos os divulgando em nosso meio e noutras regiões do País e no Exterior, quando, por exemplo, teve a oportunidade de acompanhar os Irmãos Aniceto em sua excursões à Europa. 

Outras atuações efetivas de Jackson Bantim dizem respeito a montagem de exposições artísticas e culturais, sobretudo junto à Universidade Regional do Cariri – URCA, onde presta serviço há mais de década em assessorias voltadas a eventos de cultura e arte. 

Desta maneira, tecer comentário a respeito de Jackson Bola Bantim significa, sobremodo, considerar personalidade ímpar desse universo mágico caririense a que tanto carinho devota e onde exerce liderança com êxito e bons frutos; de espírito identificado com as origens do nosso povo sempre valorizou as tradições e os registros da cultura brasileira, sendo reconhecido pela força de  trabalho e habilidades no rol dos que constituem esse panteão de artistas e mestres das heranças atávicas. 

Nesta fase, Jackson Bantim ora consolida o sonho que alimentou de ver no ar a emissora educativa da Rádio Universitária URCA, 94,3.

2 comentários:

  1. Que beleza de homenagem! Parabéns sr. Bantim!

    ResponderExcluir
  2. É isso mesmo, o nosso Bola merece até mais que isso, mas valeu, disse tudo. Conheço Jackson de Oliveira Bantim - Bola, bem de perto, é meu amigo e convivemos há mais de 40 anos envolvidos com fotografia e projetos de filmes. Estamos hoje no Club Foto Cariri com projetos interessantes sobre os prédios e logradouros do Crato de ontem e o Crato de hoje.

    ResponderExcluir