sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A luz do silêncio

Isso de procurar tanto e tanto por vezes fere a paz das criaturas humanas. Saem feitos abismados à cata dos cascalhos que preencham o apetite e deparam fechados os portões da felicidade. Batem cabeça nos enigmas do Universo e aceitam que a derrota ande junto das ilusões que, no entanto, alimentam o fervor de continuar. Contudo tanto faz que seja de tal modo, insistem nos hábitos e aceitam de bom grado o desgosto qual atitude constante, teimosos aventureiros de si. 

Há o contraponto nas estradas, pois impera no ventre das circunstâncias essa mostra imbatível das essências principais cotidianas, a justeza das grandezas que são todos, entes infalíveis das existências. Dentro mora de verdade a certeza de andar no rumo de encontrar lá um dia, ou talvez daqui a poucos instantes, o pouso da conquista, pois ninguém que seja o dono único da exatidão das matemáticas. 

O ritmo anda solto nas mãos da realidade. O ser guarda em si o senso da liberdade, que significa o índice da plenitude. Dalguns passos das presenças bem logo ali viceja a força da harmonia de tudo de que somos testemunhas privilegiadas de nossos próprios, senhores da vontade que caracteriza a consciência de que fomos donatários. E dessa beleza indômita marchamos ao prumo da alegria e dos sons, herdeiros da Verdade.

Quanto de perfeição reside na alma das pessoas a poucas palavras da compreensão dos segredos vivos no território da amabilidade. Autores do mundo que habitamos no íntimo do mistério desta vida, cá vamos a tanger o rebanho dos pensamentos em festivais de sentimentos; adotamos meras angústias que representam a tranquilidade, porém guardamos nas sete capas do coração a conquista do dia da realização. 

Canções felizes das mais doces emoções evolam do peito em momentos de enlevo que acalmam os desejos de agora e clareiam de prazer espiritual a consistência das horas queridas. Pastores das condições dessa história, abraçamos o silêncio que fala da esperança e das boas transformações no centro aonde um dia dominaremos o Infinito.

4 comentários:

  1. Todo ser humano procura algo, ou alguma coisa o tempo todo. Ninguém é completo sempre lhe falta algo, que pode ser conhecimento, que pode ser espiritual, paz, amizade, companhia ... o que a gente precisa e nem sempre encontra é o silêncio. Estar em nossa própria companhia nem sempre é solidão , muitas vezes é o silêncio que lhe falta para reflexão, reencontrar-se...Domenico Damásio defende O Ócio Criativo.

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  2. O silêncio nem sempre é benvindo . Há momentos que que queríamos, sonhamos é a companhia de alguém. Nestas horas o silêncio é maléfico, maltrata, irrita é nos entristece. Mas o ser humano é mesmo assim, ora animado, ora recluso , tudo depende de como estamos espiritualmente. Nestas horas e o silêncio não é benvindo. Seus textos como sempre preenchem a nossa alma. Um grande abraço meu amigo Emerson Monteiro.

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  3. O silêncio que lhe rodeia é um silêncio cheio de energias daqueles que lhe amam.

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  4. O silêncio é a dor que dilacera a nossa alma quando necessitamos de uma palavra de afeto.

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