sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Senso de dever cumprido

Fim de tarde no País, espécie de calor de pedras espalhadas nesse chão das maravilhas quase infinitas dos não à necessidade do lado invisível que salva, que perpetua. É hora de música, daquelas músicas que tocam o coração. Ave Maria. Jesus Sertanejo. O Amor é mais. Luz na alma da gente. Enorme a vontade de sorrir às estrelas que chegam devagar lá pelo céu estirado no tempo de Deus. Sede sem precedente de paz nos cimos das consciências. Desejos mil enlaçados nas escadarias da Eternidade que afunila o firmamento azul. Uma vontade incontida de absoluto que fere as malhas do sentimento. Pura energia de luz que a tudo ilumina, força a barra do horizonte pedindo compreensão das garras da solidão, e pressiona o peito e grita nos ouvidos quais corujas no cio. 

Depois, só bem depois, vêm os mensageiros da Luz. Quando silenciarmos o movimento das palavras, pólvora acesa no terreiro das palavras, aí então habitará nas letras o gosto das frutas maduras que ainda perdura nas dobras das línguas ansiosas dos amantes suados. Vozes, vozes, que repetem as litanias da sorte na porta das igrejas. Fantasmas desfilam na caminhada dos homens, seres que clamam impossibilidades e amargam o fluir das gerações à busca da melhor das esperanças.

Quantas e tantas aventuras jogadas assim fora nas telas dos filmes ressecados na lembrança desse universo em atividade constante, na intenção de renovar os seres pelo otimismo da saudade boa de Jesus. Tantas e quantas histórias verdadeiras de rios e animais, o passar das estradas, personagens vindos às folhas secas da Verdade.

E saber e passar e sonhar e realizar... Horas de melodias em finais de ocasião e alegria de continuar no sempre do fervor da Criação que pulsa no instinto da perpetuação das espécies, em festa de coragem máxima, no reino da beleza mais bela.

Um comentário:

  1. Senso do viver cumprido... nada mais confortador para nossa alma e a consciência do que certeza do dever cumprido, o que não quer dizer que os Resultados sejam os esperados apesar do dever cumpridora. De qualquer sorte pelo menos está mais consigo mesmo, noque já é motivo de paz interior. Como sempre seus textos são motivos de reflexão. Um abraço Emerson Monteiro.

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